Se tem uma coisa de que o blumenauense não pode reclamar nas Eleições 2020 é falta de opção. Com 12 candidatos à prefeitura de Blumenau, há alternativas representando as mais variadas preferências ideológicas. É possível escolher entre alianças políticas amplas e candidaturas quixotescas. Tem gente da iniciativa privada e do serviço público. Novatos e medalhões.

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Antes mesmo da campanha começar, escrevi um breve perfil de cada candidato aprovado em convenção, analisando o que acrescentaria à campanha. Muito do que aqueles textos sugerem como tendência já apareceu na largada do horário eleitoral gratuito e nos 12 dias de propaganda nas redes sociais.

> Quais candidatos a prefeito de Blumenau têm melhor desempenho nas redes sociais.

Nos próximos dias e semanas, também devem aparecer na TV e no rádio pontos vulneráveis dos pretendentes ao comando do município. Neste caso, naturalmente, quem deve trazê-los à baila são os adversários. Também apontei os flancos que cada candidatura deixa em aberto na série apresentando os candidatos.

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Abaixo vão os links para os textos que analisam os 12 postulantes ao cargo de prefeito. Acesse, leia e continue pesquisando sobre os concorrentes de sua preferência. Faltam 32 dias para a eleição.

Os candidatos

Entre as 12 candidaturas a prefeito de Blumenau, cinco são de políticos já conhecidos do eleitor. Eles exerceram mandatos — na prefeitura, na Câmara de Vereadores ou na Assembleia Legislativa — e dispõem de mais estrutura para pedir votos.

Ana Paula Lima (PT) representa grupo político que já governou Blumenau por dois mandatos, entre 1997 e 2004. Deputada experiente, ela concorre pela segunda vez à prefeitura. O maior desafio será reverter o encolhimento do PT no município.

Na quarta tentativa de chegar à prefeitura, Ivan Naatz (PL) tem a vantagem de já ser conhecido do eleitor e de exercer mandato na Assembleia Legislativa. Mas enfrenta o desafio de conciliar o discurso de “nova política” com o próprio histórico político.

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João Paulo Kleinübing (DEM) busca um terceiro mandato com as vantagens e desvantagens de já ter governado. Tem oito anos de gestão para defender e fazer comparações, mas também episódios como o da Operação Tapete Negro — ele foi inocentado, mas a investigação manchou o fim da administração dele.

Mário Hildebrandt (Podemos) concorre à reeleição botando à prova um governo-tampão — ele assumiu a cadeira de Napoleão Bernardes, que renunciou — e a própria capacidade de atrair votos. Não tem o brilho de grandes realizações para apresentar, nem tampouco um calcanhar de Aquiles evidente.

Ricardo Alba (PSL) concorre associando-se às pautas bolsonaristas e na tentativa de colar a própria imagem à popularidade do presidente — apesar do apoio ao governador Carlos Moisés (PSL). Por outro lado, precisa provar que está pronto para governar uma cidade complexa, para além do eleitorado cativo.

Caras novas

Débora Arenhart (Cidadania) leva à disputa a experiência com projetos sociais e educação. Estreante e inexperiente em política, garante exposição ao partido e amplia o espaço das candidaturas a vereador na campanha.

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Representante de movimentos sociais, Geórgia Faust (PSOL) defende na eleição municipal pautas caras ao partido em âmbito nacional. É uma candidatura para marcar posição, com estrutura que limita ambições.

Jairo Santos (PRTB) oferece ao eleitor experiências diversas como servidor público, do Presídio de Blumenau à Praça do Cidadão municipal. Da mesma forma, apresenta incoerências da própria biografia política.

O ex-reitor da Furb, João Natel (PDT), oferece ao eleitor um discurso moderado e a experiência na administração da universidade. Porém, o pedetista estreia em disputas eleitorais num momento em que moderação não é atributo muito valorizado.

Mário Kato (PCdoB) traz a experiência como médico da rede pública e o conhecimento de sanitarista para debater a pandemia de Covid-19. A pequena estrutura do partido e a ojeriza local a “comunismo” são obstáculos à candidatura.

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Odair Tramontin (Novo) traz consigo a militância aguerrida que rendeu boa votação a João Amoedo, em Blumenau na eleição de 2018. Em contrapartida, representa o discurso de fim dos privilégios sob a contradição de ser um representante da elite do funcionalismo público.

Wanderlei Laureth (Avante) é um franco-atirador da eleição. O pequeno empresário e ex-presidente do Blumenau Esporte Clube (BEC) tem como principal desafio convencer o eleitor de que é uma opção viável.