O impacto das federações e fusões partidárias nacionais na conjuntura de Blumenau será assunto prioritário nos bastidores da política local em 2023. Vereadores estão de cabelo em pé com a possível união do Podemos com a federação PSDB e Cidadania, dando origem a um grupo amplo de centro-direita no país. As implicações envolvem o jogo de forças no Legislativo e, principalmente, as eleições municipais de 2024.

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As três legendas somam cinco dos 15 parlamentares titulares em Blumenau: Alexandre Matias (PSDB), Maurício Goll (PSDB), Bruno Cunha (Cidadania), Cristiane Loureiro (Podemos) e Marcelo Lanzarin (Podemos). O primeiro e o último estão licenciados para atuar nas secretarias de Educação e Saúde, respectivamente. No lugar deles atuam os suplentes Sylvio Zimmermann (PSDB) e Giselle Chirolli (Podemos).

Ocorre que, para os envolvidos, a união partidária traz mais más notícias do que boas. Nas Eleições 2024, cada legenda poderá lançar apenas 16 candidatos a vereador — até 2020, eram 23. Ou seja, o partidão que resultar da trinca poderá ter cinco vereadores de Blumenau tentando a reeleição numa chapa com apenas outros 11 pretendentes. Será um desafio reunir votos suficientes para manter as atuais cadeiras.

Diante do risco, o que se pode esperar é um troca-troca de partidos ao longo do próximo ano. Mas não será simples encontrar portos seguros ao desembarque. Vereadores já posicionados em legendas estruturadas na cidade vão lutar contra transferências que representem concorrência perigosa em 2024. E, com as incorporações em nível nacional, há cada vez menos partidos nanicos para servirem de hospedeiros de candidatos.

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Outras fusões e federações podem bagunçar ainda mais o quadro, caso avancem. É o caso das conversas entre PP e União Brasil, que têm três parlamentares em Blumenau: Almir Vieira (PP), Carlos Wagner (União) e Cezar Campesatto (União) — este último suplente de Marcos da Rosa (União), eleito deputado estadual.

Essas negociações vão dominar a pauta política local até o início de 2024 e representarão dor de cabeça adicional à montagem das alianças que vão disputar a sucessão do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos).

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