O número de servidores da prefeitura de Blumenau ainda sem a vacinação contra a Covid-19 dá ideia do tamanho real do negacionismo entre a categoria. Dos atuais cerca de 9,2 mil trabalhadores no serviço público municipal, só 353 não tomaram nenhuma dose contra o coronavírus — o equivalente a 3,8%. Dezoito processos administrativos já foram abertos contra os fujões da vacina.
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Desde setembro do ano passado, professores da rede municipal são obrigados a cumprir o esquema vacinal. Em dezembro, a prefeitura ampliou a vacinação compulsória para todos os contratados da administração. O prazo para entrega dos comprovantes de vacinação era 31 de janeiro.
Depois de terminado o prazo, mais de 2 mil servidores não haviam entregue o documento. Para não ter de disparar tantas notificações, o município cruzou os dados dos servidores com os do sistema Pronto, da Secretaria de Saúde, e descobriu que o número de faltantes era bem menor. Restaram os 353 que foram notificados de fato.
Segundo a Secretaria de Administração, 40 dos não imunizados apresentaram atestados médicos com justificativas — eles estão sendo analisados. Os demais foram notificados e, para 18 deles, a questão virou processo administrativo. Entre eles estão três profissionais da Educação.
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Em caso de insistência na recusa, salvo expressa contraindicação médica, o servidor pode ser até exonerado ou ter o contrato rescindido. Na Furb, que é uma fundação municipal, são mais de 30 processos administrativos abertos. Uma comissão interna vai avaliar cada caso e também há risco de exoneração.
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