O número de leitos de UTI ocupados por pacientes de Covid-19 em Blumenau cresceu 35% em apenas uma semana. No dia 12 de fevereiro, havia 37 pessoas recebendo cuidados intensivos nos hospitais Santo Antônio, Santa Catarina e Santa Isabel. Nesta sexta-feira (19), eram 50 infectados pelo coronavírus com quadro grave em atendimento.

Continua depois da publicidade

> Clique aqui para receber notícias de Blumenau e região direto no Whatsapp.

Esse mesmo ritmo de crescimento ocorre com os leitos de enfermaria. No dia 12, eram 40 pacientes internados em Blumenau. Agora são 55, alta de 37%. Nesta sexta-feira (19), a prefeitura suspendeu as cirurgias eletivas (programadas) que demandam internação em UTI para reduzir a pressão sobre o sistema.

Dos hospitalizados em UTIs, 31 são blumenauenses e 19 vieram transferidos de outros municípios, a maioria do Médio Vale do Itajaí. Nas enfermaria, são 44 de Blumenau e 11 da região. A regulação dos leitos é feita pelo governo do Estado.

Segundo a prefeitura de Blumenau, os hospitais da cidade têm condições de abrir até 94 leitos de UTI. Para isso, porém, seria necessário desmobilizar alas inteiras de enfermaria que hoje atendem pacientes de outras doenças e traumas. Também seria necessário deslocar profissionais de outras áreas e contratar novos — algo que os hospitais não vêm conseguindo fazer por falta de mão de obra no mercado.

Continua depois da publicidade

No fim de julho do ano passado, os hospitais de Blumenau chegaram a atender quase 80 pacientes simultâneos em leitos de UTI. O esforço para aumentar a capacidade de atendimento não evitou um alto índice de letalidade entre os internados: cerca de 40% dos que precisaram de um leito de terapia intensiva não sobreviveram.

Os 14 prefeitos da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) devem reunir-se ainda neste fim de semana para discutir medidas de redução do contágio na região. Na quinta-feira (18), durante visita a Blumenau, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, disse que os altos índices de transmissão do coronavírus no Médio Vale projetam um cenário tão grave quanto o observado em Chapecó neste mês de fevereiro.

Receba textos e vídeos do colunista Evandro de Assis direto no WhatsApp. Basta clicar aqui.