Uma nova leva de indicações políticas criadas na prefeitura de Blumenau ampliará os custos com pessoal do governo Mário Hildebrandt (Podemos). Três cargos comissionados e ao menos 18 funções gratificadas aprovados pela Câmara de Vereadores na terça-feira (6) acrescentarão pouco mais de R$ 1 milhão anuais à folha. Só neste segundo semestre, o município acumula R$ 2 milhões em novos custos com cargos de livre nomeação.
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Em setembro, a coluna havia observado o movimento silencioso de ampliação da máquina administrativa em Blumenau. A conta-gotas, o Executivo tem enviado projetos de lei ao Legislativo reformando áreas do governo, secretaria por secretaria. As justificativas envolvem o aumento da demanda e a reorganização de serviços públicos.
Nesta semana, as alterações envolveram as pastas da Educação, Fazenda, Obras, Desenvolvimento Social e Manutenção Urbana. Na Educação, onde o maior montante será adicionado à folha de pagamento (R$ 592 mil anuais), a Diretoria de Educação Básica foi desmembrada em duas: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Também foi criada a Gerência de Programas e Projetos Integrados.
Na Secretaria de Obras, passa a existir a Diretoria do Programa de Mobilidade Sustentável e de Projetos Especiais. Nas demais áreas, as alterações atingem funções gratificadas (FGs), criando novas oportunidades para os gestores aumentarem ganhos de servidores em funções consideradas de confiança. Só com FGs, a minirreforma administrativa acrescenta R$ 644 mil anuais às despesas municipais.
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Maioria na Câmara
Com maioria no Legislativo, o governo municipal de Blumenau não tem encontrado dificuldades para aprovar os aumentos de gastos. Nesta terça, os três projetos foram aprovados com nove votos favoráveis: Adriano Pereira (PT), Ailton de Souza (PL), Almir Vieira (PP), Bruno Cunha (Cidadania), Cristiane Loureiro (Podemos), Giselle Chirolli (Podemos), Jovino Cardoso (Solidariedade), Maurício Goll (PSDB) e Sylvio Zimmermann (PSDB).
Votaram contra Carlos Wagner (União Brasil), Emmanuel Tuca Santos (Novo), Gilson de Souza (Patriota). Egídio Beckhauser (Republicanos) e Marcos da Rosa (União Brasil) estavam ausentes da sessão. Silmara Miguel (PSD) não votou porque ocupava a presidência.
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