Produtores de milho e órgãos sanitários de Santa Catarina monitoram, desde o início do ano, surtos de uma praga conhecida como cigarrinha-do-milho, pequeno inseto que transmite doenças capazes de provocar prejuízos sérios às lavouras. A pedido do Ministério da Agricultura, a Companhia Integrada do Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) está recolhendo 100 amostras em diferentes regiões para análise. No Vale do Itajaí, foram encontrados focos da cigarrinha em Rio dos Cedros e Presidente Getúlio.

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Os insetos transportam agentes responsáveis pelo surgimento de doenças chamadas de enfezamentos. Elas prejudicam o desenvolvimento das plantas e das espigas. A praga já era comum em outras regiões brasileiras, mas nunca houve registro de prejuízos severos à agricultura catarinense. Segundo a Cidasc, a cigarrinha pode voar dezenas de quilômetros num dia.

Cigarrinha é capaz de voar dezenas de quilômetros num único dia
Cigarrinha é capaz de voar dezenas de quilômetros num único dia (Foto: Divulgação)

Cidasc e Epagri vêm orientando os produtores sobre como lidar com o minúsculo inseto, incluindo uma campanha para eliminar o chamado “milho voluntário”, aquele que germina após a colheita. As cigarrinhas podem alojar-se nele até o próximo plantio. A maior parte da safra catarinense de milho é colhida entre setembro e outubro.

Porém, de acordo com o gerente do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, Alexandre Mees, como há diferentes tipos de produção, durante praticamente o ano todo tem novas lavouras de milho crescendo em Santa Catarina. Isso garante abrigo à cigarrinha, que com isso consegue proliferar-se.

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A cultura do milho é estratégica porque impacta a cadeia da pecuária. Uma quebra na safra pode, por exemplo, elevar os preços da carne.

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