Uma reunião no Ministério da Educação, em Brasília, às 17h desta terça-feira (28) vai sondar o humor do governo Lula sobre o projeto de federalização da Furb. Estarão presentes o governador Jorginho Mello (PL), o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), e a reitora Marcia Sardá Espíndola. Do encontro com o ministro Camilo Santana (PT) deve sair um indicativo sobre o futuro da instituição.

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O sonho de federalizar a universidade municipal foi resgatado, em 2021, pelo então senador Jorginho. Sob Jair Bolsonaro (PL), o MEC demonstrou interesse no projeto. Em agosto de 2022, o então ministro Victor Godoy assinou um termo que determinava a realização de estudos técnicos num prazo de seis meses. Na prática, jogou a decisão para o novo governo federal.

Empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu gabinete, a comitiva de Santa Catarina quer saber se o MEC continua empenhado no projeto. Em janeiro, a Furb encaminhou ao ministério um pedido de prorrogação do prazo para fazer os estudos, uma vez que ele termina em fevereiro. A prefeitura de Blumenau contratou uma firma de consultoria para levantar os dados jurídicos e previdenciários solicitados pelo MEC, mas o levantamento ainda não está concluído.

Terceira tentativa

Se o clima da reunião for de desinteresse ou até de rejeição ao projeto, a federalização pode morrer na casca. Seria a terceira vez. 

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Na década de 1990, o então deputado federal Renato Vianna (MDB) apresentou um projeto de lei à Câmara Federal prevendo a federalização, mas ele não avançou. Em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), a iniciativa ganhou corpo. No Senado, com um projeto do então senador Leonel Pavan (PSDB). E no Ministério da Educação, com um projeto que avançou, mas não obteve apoio político suficiente.

O governo chegou a destinar orçamento para que a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abrisse um campus em Blumenau com o apoio da Furb. Mas a reitoria da UFSC à época preferiu instalar o campus sem a participação da universidade municipal.

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