A devolução à prefeitura do terreno onde seria construído um complexo da Polícia Civil gerou reação que servirá de teste à influência política de Blumenau na Capital. Para resolver o impasse, deputados estaduais e o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) iniciaram contatos para alocar dinheiro no orçamento estadual e viabilizar a obra. O caminho escolhido exige votos na Assembleia Legislativa.
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Na quarta-feira (26), a bancada de Blumenau ouviu do delegado-geral Ulisses Gabriel que, havendo dinheiro no orçamento, o complexo retorna aos planos e ninguém mais fala em devolução do terreno, localizado às margens da Via Expressa, na Fortaleza. A solução é derrubar o veto do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) a uma emenda de R$ 9 milhões do ex-deputado estadual (e atual federal) Ismael dos Santos (PSD).
Egídio Ferrari (PTB), Ivan Naatz (PL), Marcos da Rosa (União) e Napoleão Bernardes (PSD) começaram a pedir apoio de colegas no mesmo dia. Quinta-feira, durante encontro promovido pela NSC em Florianópolis, Ferrari e Hildebrandt aproveitaram para abordar deputados sobre o veto de Moisés.
Mas a Assembleia será apenas o primeiro passo para ocupar o terreno baldio com um complexo de delegacias da Polícia Civil. Como a emenda de Ismael era do tipo “não impositiva”, depois será necessário convencer o governo do Estado a executar os R$ 9 milhões. Ou ao menos parte, para que a obra comece ainda em 2023.
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Terreno é da polícia
De qualquer maneira, as partes envolvidas consideram que o terreno continua com o governo do Estado. Hildebrandt informou ao delegado-geral que o prazo previsto em lei para começar a construção só termina em dezembro de 2024 e pode ser prorrogado até 2027.
No fim, a reação pública ao ofício do delegado-geral que devolvia o imóvel transformou em prioridade regional a obra da Polícia Civil, até então um tanto esquecida. Os resultados da ação política regional, entretanto, mostrarão o quanto as vozes blumenauenses reverberam em Florianópolis.
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