Sondagens de interessados na compra do Hospital Santa Catarina, de Blumenau, levaram lideranças luteranas a abrir debate sobre o futuro da instituição. Em janeiro, a União Paroquial Luterana, que congrega oito paróquias de Blumenau e Gaspar, pretende ouvir a comunidade quanto à possibilidade de venda da casa de saúde, que completou 100 anos em 2020.
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Não há negociação concreta em andamento, garante o vice-presidente da União, Adelino Sasse. Porém, contatos de investidores, que já vinham ocorrendo há três anos, retornaram com força neste fim de 2020. Redes de saúde privada e fundos de investimento procuraram o hospital para manifestar interesse em aquisição ou parcerias. Nenhuma proposta está na mesa. Ainda.
Sasse diz que o hospital conseguiu equilibrar as contas, após dificuldades no início da pandemia de Covid-19. Mas tem baixa capacidade de investimento, o que é um limitador complicado no setor privado de saúde, que exige atualização constante. Por outro lado, a ideia de vender o hospital construído coletivamente enfrenta resistências.
— O investimento é muito difícil, a igreja luterana não tem dinheiro para isso. Mas a comunidade se sente responsável pela questão da saúde, há uma filantropia bem forte em Blumenau — analisa Sasse.
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Em fevereiro deste ano, o Hospital Santa Catarina divulgou um projeto de ampliação, que teve de ser postergado em parte devido à pandemia. Mas segue de pé. Estão previstas melhorias nas recepções, fachada, área de alimentação, no Centro de Diagnóstico por Imagem e a abertura de uma nova unidade de internação. Também foi anunciado o plano de construir um edifício de 14 andares para abrigar salas comerciais e um restaurante panorâmico. O investimento total será de R$ 59 milhões.
O Santa Catarina é referência regional no atendimento de alta complexidade para pacientes conveniados e particulares. Cerca de 40% do público é de fora de Blumenau. São mais de 150 leitos de internação, incluindo 20 de terapia intensiva — 10 deles agora reservados para Covid-19.
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