A batalha entre Ambev e Heineken pelo direito de explorar a Oktoberfest Blumenau pelos próximos seis anos não terminou no leilão acirrado do dia 10 de março. Superada na inédita troca de 25 lances seguidos, a Heineken apresentou recurso ao município cinco dias depois para tentar reverter o resultado. A prefeitura ainda não tomou decisão sobre o assunto.
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Os argumentos do recurso ainda não foram divulgados. A resposta da Ambev, que teve prazo de três dias para manifestar-se, também não veio a público até o momento. A coluna apurou que a Heineken questiona informações financeiras da documentação entregue pela Ambev no momento da habilitação, depois do pregão eletrônico. O caso é tratado com cautela pela administração municipal pela importância que tem a Oktoberfest e pelo tamanho do contrato em disputa.
A Ambev ofereceu R$ 5,11 milhões para cada ano de contrato, mais os R$ 7,7 milhões para construção de um boulevard na Vila Germânica — R$ 10 mil a mais que a última oferta apresentada pela Heineken na sessão. O lance mínimo era de R$ 2,83 milhões por ano. A empresa havia disputado sozinha o contrato de 2022, quando tornou a marca alemã Spaten cervejaria oficial da Oktoberfest Blumenau.
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Um ano antes, a Heineken havia aberto mão do último ano de um contrato de seis que havia vencido em 2014 — por causa da pandemia de Covid-19, a festa ficou sem ser realizada em 2020 e 2021. Durante esse período, a marca Eisenbahn, fundada em Blumenau e hoje de propriedade da companhia, foi a cerveja oficial.
O recurso apresentado deve ser julgado na próxima semana. O secretário de Turismo e Lazer, Marcelo Greuel, disse ter confiança de que a disputa das gigantes cervejeiras não prejudicará a Oktoberfest.
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Correção
Até 11h05min desta quarta-feira (29), a coluna informou, de maneira equivocada, que o recurso da Heineken seria julgado pela Comissão de Licitação do município. Na verdade, por se tratar de pregão, o processo é conduzido por pregoeiro, e não pela comissão. A versão acima já está corrigida.
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