O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) meteu a mão no bolso e empenhou, de uma só vez, R$ 53,3 milhões do orçamento de 2023 para a duplicação da BR-470. O valor representa quase metade dos R$ 111,6 milhões orçados para o ano inteiro. A fase de “empenho” dos recursos funciona como um carimbo, autorizando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a prosseguir com o investimento.
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A bolada dá segurança às empreiteiras da duplicação, uma vez que ainda não puderam contar com dinheiro do governo de Santa Catarina neste ano. O governador Jorginho Mello (PL) ainda não se manifestou claramente sobre o cumprimento do convênio de R$ 300 milhões assinado na gestão Carlos Moisés (Republicanos). Do valor total, foram pagos até o momento R$ 182 milhões.
Jorginho cobrou do Ministério da Fazenda o abatimento dos valores da dívida do Estado com a União. E, embora não o tenha dito, parece condicionar novos pagamentos a uma sinalização de que Santa Catarina será ressarcida de alguma forma.
Apesar do dinheiro disponível, o governo federal está em dívida com o cronograma da duplicação da BR-470 anunciado para os primeiros 100 dias de gestão. As obras caminham, mas não no ritmo prometido.
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Câmara
Aliás, antes de deixar a Câmara de Vereadores de Blumenau rumo à Secretaria de Cultura e Relações Internacionais, o suplente Sylvio Zimmermann (PSDB) propôs a criação de uma frente parlamentar para cobrar a duplicação da BR-470.
O objetivo é reunir vereadores, prefeitos e entidades de classe de toda a região para acompanhar o ritmo dos trabalhos e fiscalizar a destinação de recursos pelo governo federal.
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