Uma reunião entre a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto (Cidadania) e gestores municipais da área, nesta terça-feira (3), deve encaminhar medidas do novo governo para reduzir a fila por uma cirurgia eletiva em Santa Catarina. Entre as opções na mesa estão reorganizar a gestão da espera, ampliar a participação de hospitais menores e investir mais recursos de imediato no sistema. O governador Jorginho Mello (PL) elegeu o assunto como prioridade da primeira semana de trabalho.

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A estimativa é de que existam cerca de 100 mil catarinenses aguardando procedimentos cirúrgicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse contingente variou ao longo de 2022, mas permaneceu num patamar alto, apesar de Estado e municípios terem pactuado uma campanha para diminuir a fila. Por mês, mais de R$ 2,5 milhões foram investidos em cirurgias não urgentes no segundo semestre.

Na quinta-feira (29) da semana passada, Jorginho participou de uma reunião com integrantes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e gestores representando as diferentes regiões catarinenses. Os secretários puderam apresentar queixas e sugestões de como ampliar o número mensal de atendimentos. O mesmo grupo estará na Secretaria de Estado da Saúde, na Capital, nesta terça de manhã.

Entre as dificuldades apresentadas está a organização da fila, responsabilidade do setor de regulação do Estado. Falta articulação com municípios e hospitais para evitar que um imprevisto no pré-operatório, por exemplo, deixe a vaga da cirurgia ociosa. Secretários municipais acreditam ser possível ampliar o número de procedimentos só com melhorias em processos.

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Outra possibilidade aventada é envolver mais hospitais de municípios menores em procedimentos de média complexidade. A avaliação é de que neles há capacidade instalada disponível, diferente das instituições que atuam com alta complexidade, onde a margem é menor.

Um mutirão de cirurgias, como já foi feito no passado, pode ajudar a reduzir a fila de pronto. Entretanto, como entram milhares de novos pacientes na fila todos os meses, a solução dependerá de medidas que provoquem impacto prolongado.

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