O Conselho Universitário da Furb aprovou na quinta-feira (2) a cessão da responsabilidade pelo monitoramento de cheias do Rio Itajaí-Açu para a prefeitura de Blumenau. Na prática, a decisão permite a extinção do Centro de Operações do Sistema de Alerta (Ceops), braço da instituição que criou o primeiro modelo do gênero no país. O Alertablu, mantido pela Defesa Civil do município, passará a ser o órgão responsável por projetar o nível do rio em caso de enchentes.

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Pela minuta do termo aprovada pelos conselheiros da universidade, além da responsabilidade pelo serviço, a Furb repassará o que restou de equipamentos. As partes também concordam em promover treinamentos para transferência de conhecimento entre Ceops e Alertablu. Mas os detalhes serão definidos mais tarde, em convênio à parte.

Com o aval do Consuni, a minuta do termo agora vai para a Procuradoria Geral do Município para que o acordo seja formalizado.

As negociações entre Furb e prefeitura de Blumenau começaram há mais de dois anos. A aposentadoria de pesquisadores ligados ao Ceops e a falta de financiamento regular para manter as estações telemétricas funcionando levaram à mudança do modelo de monitoramento das enchentes.

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Nos últimos anos, a Defesa Civil do Estado assumiu maior protagonismo na coleta de informações sobre volume de chuva e nível dos rios. Até outubro, 37 novas estações de telemetria devem entrar em funcionamento, inclusive substituindo 17 que pertenciam à Furb e já não estão mais funcionando.

Na outra ponta, o município criou o Alertablu, que faz a previsão meteorológica e vem assumindo o monitoramento do rio. Há interesse da Associação dos Municípios do Médio Vale (Amve) em regionalizar o serviço, para atendimento dos 14 municípios.

Conhecimento

O novo modelo tem a vantagem de organizar responsabilidades. Historicamente, a Furb ficava de pires na mão por recursos para manutenção das estações. Por outro lado, é preciso garantir a transferência do conhecimento acumulado durante quase quatro décadas de experiência e pesquisas científicas sobre a bacia do Itajaí-Açu. Deixar de fazê-lo seria um risco — e um enorme desperdício.

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