A maior parte dos locais de vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina estará fechada durante o feriado de Páscoa. Sem novas remessas de imunizantes para primera dose, cidades como Florianópolis, Blumenau, Chapecó e Itajaí interromperam a campanha entre sexta-feira (2) e domingo. Serão três dias de um recesso que desconsidera o clima de emergência no Estado devido à pandemia.
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Via de regra, só vacinarão nesta Páscoa os municípios que não terminaram de aplicar as doses recebidas na semana passada. Casos de Joinville, que vai atender durante os três dias, Lages e Palhoça, que programaram vacinação para sábado. Nos municípios menos populosos, em que a operação é mais rápida, a ordem também é aguardar a chegada de novas doses.
Até 22h de quinta-feira, o Estado não havia enviado aos municípios a nota técnica detalhando a distribuição das quase 300 mil doses recebidas pela manhã do Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, praticamente todo esse lote é para aplicação de segunda dose. Significa que a maior entrega federal até agora servirá para atender aos pacientes que já têm data agendada de retorno. E, na maioria das cidades, o agendamento levou em conta que havia um feriadão no meio do caminho.
Menos de 5 mil doses dessa remessa servirão para imunizar novos pacientes. A secretária Carmen Zanotto explicou, na entrevista que concedeu ao lado da governadora Daniela Reinehr nesta quinta, que 1,2 mil doses vão imunizar profissionais da segurança pública. As demais serão destinadas a idosos entre 65 e 69 anos. Mas são volumes irrisórios para os 295 municípios, não dão nem para o começo.
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Moisés critica
Afastado para responder ao processo de impeachment, o governador Carlos Moisés (PSL) aproveitou a deixa para criticar via Twitter a queda no ritmo da imunização.
“Em hipótese alguma podemos diminuir o ritmo da vacinação, nem mesmo no feriado. As doses precisam ser enviadas aos municípios rapidamente assim que chegam, como sempre foi feito. Se há estoque, não pode faltar na ponta”.
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM) disse que está “aguardando o repasse de doses do Estado e a confirmação da quantidade” para divulgar a próxima etapa da campanha. Mesma situação da maioria das prefeituras. Sem informações concretas e, principalmente doses, a rede de imunização desmobilizou-se.
Cortes sucessivos nas previsões de entregas de vacinas pelo Ministério da Saúde e soluços na operação da campanha de vacinação, como este que ocorrerá na Páscoa, distanciam Santa Catarina do fim da crise.
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Para o coronavírus, infelizmente, feriado também é dia útil.
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