A federalização da Universidade Regional de Blumenau (Furb) nunca esteve tão perto de ser concretizada. É a opinião da reitora Marcia Sardá Espíndola após nova reunião com a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC) e com o senador Jorginho Mello (PL), nesta terça-feira (26).
Continua depois da publicidade
> Receba notícias de Blumenau e região direto no Whatsapp.
Os servidores do MEC receberam os números da instituição e solicitaram informações sobre estrutura e cursos para a conclusão de um relatório que está sendo elaborado. A expectativa é de que esse documento defenda a criação da Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI), para quem a Furb cederia servidores, infraestrutura e os atuais estudantes.
— A gente nunca nunca avançou até esse patamar onde estamos hoje — avaliou a reitora.
De posse do relatório do MEC, Jorginho Mello vai para uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, prevista para maio. Superada a fase técnica, a decisão passa a ser política.
Continua depois da publicidade
— Quantificados os valores, nós vamos ao ministro da Educação, que receberá esse relatório semana que vem. E posteriormente vou marcar com o ministro Paulo Guedes, que é o homem do dinheiro, pra ver como é que a gente vai fazer — disse Jorginho.
O presidente do Conselho de Federalização da Furb, Clóvis Reis, observa que, nas tentativas anteriores, as comitivas de Blumenau precisavam argumentar com os servidores do MEC sobre a necessidade de criar uma federal no Vale do Itajaí. Desta vez, as conversas estão focadas no “como”, e não mais nos “porquês”.
O custo anual da Furb informado ao MEC é de cerca de R$ 230 milhões. Para este ano, uma emenda do senador Jorginho Mello prevê R$ 40 milhões para a UFVI. Como a instituição seria criada no meio do ano, a diferença já não seria tão grande.
Lei eleitoral
Em março, os defensores da federalização acreditavam que todo o processo da Furb precisaria estar pronto até abril, devido a limitações impostas pela lei eleitoral. Mas o entendimento jurídico mudou e os prazos ficaram menos apertados. De qualquer maneira, o ano eleitoral é visto como decisivo para tirar do papel uma bandeira histórica do Vale do Itajaí.
Continua depois da publicidade
Receba textos e vídeos do colunista Evandro de Assis direto no WhatsApp. Basta clicar aqui.