O governo de Santa Catarina está de cofres cheios, com capacidade de investimento, mas a burocracia isola o dinheiro dos municípios. Acessar as verbas é complicado, exige capacidade técnica para preencher projetos e relatórios e presença constante em Florianópolis para fazer as demandas andarem. Esse é o diagnóstico de André Espezim após quase um mês como secretário-adjunto de Infraestrutura e Mobilidade. Para ele, demandas como a SC-108 e o Centro de Convenções poderiam ser resolvidas mais rápido.
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Espezim é um dos principais operadores políticos do governo Mário Hildebrandt (Podemos). Comandava a Secretaria de Comunicação quando o deputado Laércio Schuster (PSB) o indicou para trabalhar no governo interino de Daniela Reinehr (sem partido). Em Florianópolis, diz ter percebido as agruras dos municípios, principalmente os de pequeno porte, para conseguir verbas do Estado em demandas locais.
— O Estado tem muito dinheiro, mas também muita burocracia. Falta uma aproximação com os municípios, para que eles consigam ter acesso a essas verbas — aponta.
No período na Capital, observou de perto o avanço lento de duas demandas de Blumenau: o prolongamento da Via Expressa (SC-108) e o Centro de Convenções. O primeiro segue parado, por enquanto sem previsão de acordo que permita o retorno das máquinas. O segundo depende de um convênio, cuja tramitação está perto de ser concluída. Apesar disso, a prefeitura de Blumenau ventila a possibilidade de procurar outras alternativas para financiar a obra.
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O ex-secretário prevê que a relação da prefeitura de Blumenau com o governo Moisés voltará ao que era antes: institucional, cordial, porém fria. Mas não acredita que o desalinhamento político possa prejudicar as duas principais obras do Estado na cidade.
Espezim pode até não participar diretamente da administração agora. Mas, nos bastidores, segue trabalhando por ela.
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