Pais de alunos e escolas particulares de Blumenau estão fazendo pressão pela volta às aulas na cidade. Há uma manifestação prevista para sábado (26), na praça da prefeitura, e um movimento no Instagram pedindo a liberação das atividades às famílias e estabelecimentos que consideram a retomada segura.
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As aulas em Santa Catarina estão suspensas até, pelo menos, 13 de outubro. O governo do Estado divulgou diretrizes para a retomada gradual do Ensino Médio na rede estadual, mas ainda não há previsão para os estudantes dos níveis Fundamental e Infantil. A prefeitura de Blumenau também aguarda as definições.
Com as escolas em compasso de espera, duas mães blumenauenses resolveram começar um movimento digital. O perfil de Instagram Pais Pela Educação Blumenau foi criado na segunda-feira (21) e tem mais de 270 seguidores. O foco é o ensino privado. Na visão delas, questões político-eleitorais limitam o retorno do ensino público.
Segundo Janine Kuroski, que tem filhos de 10 e 14 anos, a preocupação do movimento é com a saúde mental das crianças afastadas do convívio social há seis meses. Para a mãe, escolas e pais deveriam ter liberdade para decidir se querem aderir às aulas presenciais ou não, garantindo o ensino remoto de forma simultânea.
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— O Brasil tem contextos epidemiológicos diferentes. Nosso Estado e Blumenau estão bem neste momento, então defendemos que haja liberdade para as escolas mais preparadas darem um passo adiante — analisa.
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Amite Pfiffer, que tem filhos de quatro e oito anos de idade, diz que o objetivo é apoiar as escolas e garantir o direito das crianças à educação. Para ela, a proibição de funcionamento viola a Constituição.
— As crianças estão viajando, indo à casa do colega, indo ao restaurante, à natação. Se pode liberar parque e bar, por que não pode escola? — questiona.
Além do perfil no Instagram, a ideia é acionar o Ministério Público para tentar cobrar providências.
Ensino infantil
Creches particulares e pais de alunos organizam um manifesto para sábado de manhã, em frente à prefeitura. Um dos setores mais atingidos pela crise do coronavírus, as creches vêm solicitando atenção do poder público em Blumenau.
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Como o ensino não é obrigatório para crianças de até quatro anos, muitos pais cancelaram as matrículas. Outros transferiram os filhos para a rede pública.
Pela sensibilidade do tema, município e Estado têm feito a portas fechadas o debate sobre uma eventual volta às aulas. Seja qual for a decisão a ser tomada, as famílias precisam ser envolvidas na discussão.