A Polícia Federal esteve, nesta quarta-feira (21), em dois endereços ligados ao advogado Luiz Alberto Spengler, em Gaspar, durante o cumprimento de mandados da operação Quinto Ato, que investiga irregularidades na liberação de licença do Ibama para um porto no Paraná. Segundo reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo, o advogado é citado na decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as buscas.

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Entre os investigados também está o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello. Conforme a sentença, transações irregulares num total de R$ 1,1 milhão teriam sido feitas a um escritório de advocacia do qual Spengler e sócio. O dinheiro teria sido depois repassado para o pagamento de uma aeronave particular adquirida por Collor. A investigação diz respeito a fatos que teriam ocorrido entre 2014 e 2015.

> Operação da PF que envolve Fernando Collor cumpre mandados em Gaspar

Cerca de 50 policiais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão nesta quarta na cidade catarinense, além de Curitiba, São Paulo e Pontal do Paraná (PR). A investigação é desdobramento da Operação Politéia, deflagrada pela Polícia Federal no ano de 2015, oportunidade em que foi identificado que bens de luxo pertencentes a Collor teriam sido pagos com dinheiro de vantagens recebidas de empresários.

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Luiz Alberto Spengler é filho do ex-prefeito de Gaspar Bernardo Spengler, o Nadinho, que governou a cidade entre 1997 e 1998 — ele teve o mandato interrompido acusado de improbidade administrativa. Nadinho faleceu em 2012.

Contrapontos

A coluna não conseguiu contato até o momento com o advogado Luiz Alberto Spengler. 

O senador Fernando Collor de Mello escreveu no Facebook: “Fui surpreendido hoje com este ato inusitado. Fizeram busca e nada apreenderam, até porque não tinha o que ser apreendido. Vou tentar apurar a razão deste fato de que fui vítima. Nada tenho a temer. Minha consciência está tranquila”.