O eleitor de Blumenau ajudou a ressuscitar lideranças locais que ficaram os últimos quatro anos sem mandato. Os resultados do primeiro turno das Eleições 2022 trouxeram de volta à arena política a ex-deputada Ana Paula Lima (PT) e o ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSD). Por outro lado, Mário Hildebrandt (Podemos) não converteu a influência de prefeito em votos para seu principal aliado.

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Em 2018, Ana Paula havia perdido a cadeira na Câmara Federal por apenas um voto. Desta vez, foi impulsionada pelos resultados melhores do petismo e garantiu lugar entre os 16 deputados federais catarinenses. Foi a quarta mais votada do Estado, com quase 150 mil votos.

Blumenau ainda terá em Brasília o deputado Ismael dos Santos (PSD), com mais de 110 mil votos. Veterano da Assembleia Legislativa, ele ascendeu na carreira política com o apoio cristalizado entre os eleitores que frequentam a igreja Assembleia de Deus em Santa Catarina.

Napoleão

Na Assembleia, Napoleão ganha uma chance de recomeçar na vida política depois da derrota acachapante em 2018 como candidato a vice-governador — ele havia renunciado à prefeitura de Blumenau para concorrer. Com 36.702 votos (18.250 na cidade), o ex-prefeito foi o terceiro mais votado do PSD. Para quem já sonhou com o Senado, foi uma vitória até modesta. Mas que dá ao deputado eleito fôlego para reconstruir sua trajetória.

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Expressivo foi o apoio obtido pelo delegado Egídio Ferrari (PTB), o mais votado em Blumenau para a Alesc, com 22.806 votos — de um total que superou 34 mil. Tão impressionante quanto a reeleição de Ivan Naatz (PL), que tinha parada dura dentro da própria legenda e saiu com um novo mandato. Ele conquistou 20,7 mil votos em Blumenau, quase três vezes a votação para prefeito em 2020. O vereador Marcos da Rosa (DEM) foi promovido ao legislativo estadual também pela força da Assembleia de Deus.

Mário Hildebrandt

Ativo cabo eleitoral em 2022, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) sai chamuscado da disputa. Seu candidato à Câmara Federal, André Espezim (Podemos), fez 15,3 mil votos em todo o Estado. Só 9.900 blumenauenses seguiram a intensa campanha do prefeito pelo aliado, ex-secretário de Comunicação. A ausência do governador Carlos Moisés (Podemos) no segundo turno representa outra derrota.

O resultado da eleição mistura caras novas com velhos conhecidos do eleitor numa representação que cresceu. Blumenau passou de três para quatro cadeiras em Florianópolis e de nenhuma para duas em Brasília. Esse cenário de maior pluralidade na representação polícia embaralha a sucessão municipal em 2024.

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