Merece atenção das lideranças de Blumenau o cenário difícil que se desenha para as eleições gerais de 2022. Será um páreo duro para ampliar a representação da cidade, hoje restrita à Assembleia Legislativa (Alesc), onde mantém três cadeiras. Mesmo os candidatos à reeleição não terão vida fácil.

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Ismael dos Santos (PSD) apenas aguarda a definição das regras eleitorais de 2022 para bater o martelo sobre a tentativa de um quarto mandato na Alesc — menos provável que se candidate a deputado federal. Precisará conter a fuga de votos que observou entre 2014 (66 mil) e 2018 (54 mil) e vencer a concorrência entre candidatos ligados a igrejas evangélicas.

Ivan Naatz (PL), que conquistou a última cadeira em 2018, com apenas 14,6 mil votos, sabe que precisa ampliar a base de apoio para permanecer no Legislativo estadual. O resultado da eleição para a prefeitura, em 2020, em que recebeu apenas 7,2 mil votos, acendeu o sinal amarelo.

Ricardo Alba (PSL) deve deixar a Alesc para concorrer a deputado federal pelo partido que resultará da união entre PSL e DEM. O parlamentar estadual mais votado de 2018 não contará com a onda Bolsonaro na intensidade de três anos atrás.

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Da Câmara de Vereadores sempre surgem candidatos, o que deve repetir-se em 2022. Marcos da Rosa (DEM), Egídio Beckhauser (Republicanos), Almir Vieira (PP), Adriano Pereira (PT) e Gilson de Souza (Patriota) desejam disputar vaga na Alesc, mas com o objetivo primordial de testar o próprio capital político de olho em 2024 — ainda podem surgir outros. Para emplacar uma cadeira, o trabalho será árduo nos 12 meses restantes.

O partido do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) prepara as candidaturas do ainda desconhecido secretário de Comunicação, André Espezim, a estadual, e do ex-deputado Jean Kuhlmann a federal. O PSDB ensaia lançar o vereador Alexandre Matias à Câmara e o ex-senador Dalírio Beber à Assembleia, mas outros nomes também estão em discussão.

Ana Paula Lima (PT) deve concorrer à Câmara Federal, mas existe a possibilidade de tentar voltar à Alesc. Partidos de esquerda menores em Blumenau, como PCdoB e PSOL, também preparam nomes para ajudar a eleger representantes. O tradicional MDB, hoje minguado, ainda não tem nomes postos para 2022.

O Partido Novo cogita lançar até dois candidatos de Blumenau para cada casa legislativa, mas os nomes serão definidos adiante. Único representante do Médio Vale em Brasília, Gilson Marques (Novo), deputado federal por Pomerode, tentará a reeleição. Tudo isso sem contar partidos menores, sem representação no Legislativo local ou protagonismo em eleições recentes.

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Os mais pessimistas apostam em duas vagas na Alesc e nenhuma em Brasília.

Majoritária

Nomes de Blumenau com maior densidade eleitoral sonham com cargos majoritários. Casos de Napoleão Bernardes (PSDB) e Décio Lima (PT). O promotor Odair Tramontin (Novo), terceiro colocado na última eleição municipal, pretende concorrer ao Senado.

Outros nem puseram o time em campo. Hildebrandt diz que não pretende concorrer em 2022. O ex-prefeito João Paulo Kleinübing (DEM), por enquanto, tem sinalizado que trabalhará na campanha a governador de Gean Loureiro (DEM). Há quem defenda uma candidatura dele a deputado estadual.

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