Em março de 2013, o Santa estampava em manchete: “16 anos, 3 prefeitos, 2 projetos, R$ 34 milhões e nenhuma ponte”. A reportagem daquela edição mostrava como a cidade girava em círculos no debate sobre o melhor local para construir uma nova travessia sobre o Rio Itajaí-Açu, no Centro de Blumenau. Meses antes, esse havia sido o grande tema das eleições municipais.

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Adicione-se oito anos e cá estamos outra vez. Nenhuma das pontes defendidas na última disputa acabou construída. Em lugar delas, a Adolfo Konder está sendo duplicada. E é daqui que o debate recomeça nas Eleições 2020.

O atual prefeito, Mário Hildebrandt (Podemos), diz que a duplicação é alternativa viável para melhorar o trânsito já. A obra nunca esteve nos planos municipais, ao menos não nesses moldes, e existe o risco de que, depois de pronta, ocorra retenção do tráfego na chegada à Beira-Rio.

João Paulo Kleinübing (DEM) critica a reviravolta de 2012, que botou na gaveta o projeto da ponte que o governo dele projetou: uma travessia estaiada — e cara — entre as ruas Rodolfo Freygang e Chile.

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Ivan Naatz (PL) agora apresenta outro traçado: uma ponte da Rua Uruguai, na Ponta Aguda, até a Beira-Rio — que pouco resolveria a situação de quem fica parado nas filas da Rua Itajaí. 

Nos planos de governo entregues à Justiça Eleitoral, nenhum candidato descreveu projeto de ponte. Nos discursos, porém, esse eterno Dia da Marmota blumenauense está de volta.

Lá se vão 23 anos. Não deve existir outro exemplo no Brasil de cidade que usa pontes para separar, e não para unir.

Capa de 13 de março de 2013
Capa de 13 de março de 2013 (Foto: Arquivo Santa)