Movimentos recentes da política local despertaram especulações sobre a possibilidade de uma aliança ampla entre partidos de direita para disputar a prefeitura de Blumenau em 2024. Ela representaria os governos Mário Hildebrandt (Podemos) e Jorginho Mello (PL), reproduzindo no plano municipal a base de apoio que aos poucos forma-se em torno da administração estadual. O projeto é de difícil execução mas, por enquanto, serve para sinalizar duas tendências sobre a futura disputa.
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A primeira: se houver um frentão governista, o deputado estadual Ivan Naatz (PL) não será o candidato. Hildebrandt explicitou que não o endossa quando André Espezim (Podemos) refugou do cargo para o qual fora indicado na Secretaria de Estado da Infraestrutura — as digitais de Naatz estavam impressas na nomeação. Jorginho tampouco deu demonstração de que deseja patrocinar o projeto do aliado.
No início de março, o governador esteve com o prefeito e o empresário blumenauense Adrian Censi (PL), segundo suplente do senador Jorge Seif (PL) e antagonista interno de Naatz. A leitura imediata do encontro foi: se houver acordo para unir os grupos que governam prefeitura e Estado, ele não terá o deputado como protagonista.
Naatz passou recibo da situação ao escrever no Twitter: “Dizem que João Paulo Kleinübing, Mário Hildebrandt e Napoleão Bernardes estarão juntos para a eleição em Blumenau. Mas quando eles estiveram separados”?
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Nas contas de quem acredita nessa possibilidade, o PSD de Napoleão e o União Brasil de Kleinübing estarão na chapa a ser patrocinada por Jorginho. A questão é como acomodar tantas lideranças num plano assim. Como a discussão não está madura, ninguém se arrisca a falar em nome para liderar a chapa.
Fator Tramontin
O principal fator de estímulo para a união de forças é o que indica a segunda tendência, a um ano e sete meses das eleições: a base de apoio a Hildebrandt em Blumenau enxerga no promotor de Justiça Odair Tramontin o maior risco à sucessão. Ele quase chegou ao segundo turno em 2020 e manteve o próprio nome em evidência quando concorreu ao governo, no ano passado. Um frentão com apoio das máquinas municipal, estadual e do bolsonarismo seria o caminho para enfrentar a candidatura com ar de novidade.
Tendências não são fatos consumados, ainda mais com tanto por acontecer até a campanha eleitoral. Mas influenciam os movimentos no tabuleiro.
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