O planejamento da volta às aulas nas redes de ensino em Santa Catarina pouco mudará com o decreto estadual que liberou a ocupação de 100% das salas. Na prática, a medida oficializou o que já vinha sendo adotado nos municípios: desde que todos os alunos estejam distantes 1,5 metro entre si, não importa o percentual de ocupação.

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Na regra anterior, válida desde dezembro, as regiões em risco gravíssimo podiam levar à sala de aula apenas 50% dos matriculados, a despeito da estrutura física disponível. Porém, a maioria das escolas e creches catarinenses já vinha considerando a capacidade dos espaços, e não o número de matrículas. O novo decreto pacifica a questão entre gestores municipais e escolas particulares.

— Mesmo podendo 100%, as escolas têm que deixar as carteiras a 1,5 metro de distanciamento, então você não consegue ter a capacidade de 100%. Vamos conseguir em algumas escolas, que já estão fazendo porque o número de alunos é pequeno e a sala de aula é grande — explica a secretária de Educação de Blumenau e presidente da União dos Dirigentes Municipais em Educação de SC, Patrícia Lueders.

Nos demais níveis do mapa de risco, o critério adotado já era esse. A partir de agora, não importa o estágio de transmissão da Covid-19, a conduta dos gestores escolares será padrão.

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Na primeira semana de aulas em Blumenau, seis casos de coronavírus foram detectados. Quatro professores e dois alunos. Na segunda-feira (15), a prefeitura anunciou que, nas turmas com casos confirmados, todos os alunos e professores serão examinados com o teste de antígeno. A previsão é começar a operação de testagem ainda nesta semana.

Para o restante de Santa Catarina, valem as medidas estabelecidas pelo Estado: isolar os doentes e higienizar os ambientes que eles frequentavam. Há aí outra oportunidade de padronização, seguindo o exemplo de Blumenau — que está em sintonia com as melhores práticas internacionais. Neste caso, para impor maior rigor ao controle do vírus.

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