Um candidato que perde o segundo turno com menos de um terço dos votos pode cair de pé? É o caso do ex-prefeito de Blumenau, Décio Lima (PT), derrotado por Jorginho Mello (PL) no segundo turno das Eleições 20222 em Santa Catarina. Décio não será governador, mas levou os petistas a um segundo turno inédito, viu a esposa ser eleita deputada federal e agora vislumbra lugar no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Num estado reconhecidamente bolsonarista, Décio liderou os petistas no purgatório de 2018 e na redenção de 2022. Nem na onda lulista de 20 anos atrás o partido havia chegado tão longe.

Mesmo vencido por larga margem para o governo (70,7% a 29,3%), o petista entregou a Lula 30,7% dos votos para presidente em SC. Seis pontos a mais do que Fernando Haddad conquistara em 2018. 

Não é pouca coisa para um político sem mandato, que havia perdido a prefeitura de Blumenau em 2008, acompanhado a derrota da esposa, Ana Paula, em 2012, e amargado péssimos resultados na cidade em 2016 e 2020.

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A resiliência do PT catarinense, reconhecida pela cúpula nacional, torna natural imaginar que seu representante nas Eleições 2022 tenha lugar no governo Lula 3. Talvez em uma pasta lateral, como Pesca ou Turismo. Improvável que seja em um posto central, como já ocorreu com Ideli Salvatti (PT) no governo Dilma Rousseff (PT), quando a ex-senadora ocupou a Secretaria de Relações Institucionais.

De todo modo, nas Eleições 2022 a família Lima renasceu para a política de Santa Catarina.

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