Serviços de emergência como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Guarda de Trânsito e Celesc em Blumenau também sofreram com a ação do ciclone de passagem por Santa Catarina. Além de danos isolados ao patrimônio de corporações, o apagão nas comunicações obrigou profissionais a retroceder à era analógica.

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A central telefônica do número 193 em Blumenau saiu do ar logo após o vendaval, por volta das 16h de terça-feira (30), e só foi completamente restabelecida após as 8h de quarta. Telefones celulares chegaram a ser divulgados à população, mas a comunicação era intermitente. Para piorar, o sistema interno do Corpo de Bombeiros caiu.

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Segundo o tenente Felipe Pamplona, sem tecnologias comuns ao dia a dia, foi necessário recorrer ao rádio comunicador e ao infalível papel e caneta. A ordem de atendimento dos estragos em Blumenau era organizada em um quadro na parede.

“As ocorrências chegavam por celulares particulares, redes de contatos e até pessoas que vinham ao quartel”, conta.

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O apagão prejudicou contato com outros serviços, como a Celesc. No meio da noite, quando ao acaso guarnições das duas corporações se encontraram na rua, ocorrências de árvores sobre a rede de energia puderam ser compartilhadas. O website da Celesc, onde os consumidores podem relatar problemas com o fornecimento de luz, teve sobrecarga de acessos.

A Guarda de Trânsito sofreu com falta de energia elétrica na base, que fica na Rodoviária. Os telefones só voltaram a funcionar nesta quarta. Na Defesa Civil, o apagão tecnológico durou menos: cerca de duas horas.

Árvore caiu sobre duas residências na Rua Arnoldo Prim, bairro Água Verde
Árvore caiu sobre duas residências na Rua Arnoldo Prim, bairro Água Verde (Foto: Corpo de Bombeiros, Divulgação)

Triagem no atendimento

Com a interrupção do atendimento imediato pelo telefone 193 por tantas horas, agora os bombeiros de Blumenau estão recebendo uma avalanche de chamados. Como os sistemas de informática permaneceram fora do ar, ainda não pôde ser feito um balanço das ocorrências.

Têm prioridade no atendimento, pela ordem: situações de risco à vida, liberação de vias interrompidas, apoio à Celesc quando necessário e auxílios no caso de danos materiais, como árvores sobre residências.

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“Agora temos muitos chamados simultâneos, que extrapolam nossa capacidade de resposta”, avaliou o capitão Filipe Daminelli.

Estragos do ciclone

O vendaval provocou estragos em estruturas de duas corporações: o Corpo de Bombeiros de Benedito Novo, onde uma porta de vidro estilhaçou, e na cobertura do Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota. Ninguém se feriu.

Em Ilhota, o telhado e parte do forro cederam, tanto na área de galpão, onde ficam as viaturas, quanto no dormitório dos profissionais de plantão.

Vento arrancou parte da cobertura dos Bombeiros, em Ilhota
Vento arrancou parte da cobertura dos Bombeiros, em Ilhota (Foto: Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota, Divulgação)

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