No último dia da campanha (prorrogada) de vacinação contra a poliomielite, Blumenau virou uma ilha de negligência com as crianças no Médio Vale do Itajaí. Enquanto Pomerode, Timbó, Indaial e Gaspar superaram ou estão muito perto da meta de 95% de cobertura, Blumenau alcançou apenas 63%, abaixo do desempenho catarinense (73%) e acima da terrível média nacional (54%).

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Gaspar e Pomerode já bateram os 95%. Indaial e Timbó estão com 94% de cobertura. Em Blumenau, o tamanho da cidade, cuja população supera a soma das quatro vizinhas, é apontado como o maior desafio. Por causa dos baixos índices, a mobilização em busca de crianças expostas à negligência dos familiares continuará de outubro em diante.

— As vacinas estão disponíveis o ano inteiro na rede. A campanha é um momento do Ministério da Saúde para focar, mas a gente vai continuar fazendo busca ativa e usando a unidade móvel nas creches — projeta o secretário de Saúde, Marcelo Lanzarin.

> Reportagem especial: Os sobreviventes da polio em Santa Catarina

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Blumenau também decretou que escolas são obrigadas a exigir dos pais declaração de que as vacinas dos filhos estão em dia. Pela regra, quem deixou de entregar o documento na volta das férias, em agosto, deveria ser notificado. Se 60 dias após a notificação prevalecer a negligência, o Conselho Tutelar precisará ser acionado.

— A gente vai acabar vacinando essas crianças — confia Lanzarin.

Precisam tomar as gotinhas contra a paralisia infantil as crianças entre um e quatro anos de idade. A baixa cobertura da vacinação põe em risco a condição do Brasil de país livre da doença desde 1994.

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Blumenau vira uma ilha de negligência na vacinação contra a poliomielite

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