Restaurantes, bares, lanchonetes, tabacarias e academias de ginástica de Blumenau e região devem ser obrigados a fechar às 22h, de segunda a sexta, a partir da próxima semana. A medida, para reduzir a transmissão da Covid-19 e desafogar os hospitais, integra a minuta de um decreto mais restritivo que o estadual, em negociação pelas 14 prefeituras do Médio Vale do Itajaí. O texto vem sendo discutido há dias e deve ser divulgado no fim de semana. A partir da publicação, valeria por duas semanas.

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> O que abre e o que fecha em SC no fim de semana com as novas restrições.

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Porém, mesmo que a Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) estabeleça um modelo de decreto regional, cada prefeitura tem autonomia para definir as próprias regras. Há resistência por parte de municípios que preferem manter o horário de meia-noite definido pelo Estado, restringindo público e música ao vivo. Blumenau tende a seguir o limite de 22h. Aos fins de semana, o mais recente decreto do governador Carlos Moisés (PSL) proíbe todas as atividades não essenciais.

A proposta, que ainda passará por uma revisão dos prefeitos nesta sexta-feira (26) à tarde, prevê também a interrupção de atividades em museus, parques, congressos, cinemas, teatros, feiras, exposições, práticas esportivas e culturais coletivas e até eventos na modalidade drive-in. Reuniões sociais, como casamentos, batizados, formaturas e festas infantis, também ficam proibidos. No decreto estadual, a maioria desses setores pode funcionar com restrições de público.

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Cirurgias eletivas da rede privada também devem ser evitadas, exceto aquelas que não podem ser adiadas por risco ao paciente. Os procedimentos pelo SUS já estão suspensos para reservar leitos de enfermaria e UTI aos pacientes de Covid-19.

Secretários de saúde e prefeitos ainda debatem a situação das escolas e creches. Há um temor em relação ao transporte dos estudantes, potencial foco de contágio. Mas a maioria dos prefeitos resiste a impor novas limitações ao ensino.

Não custa lembrar, em julho do ano passado as 14 prefeituras também tentaram elaborar um decreto regional a ser adotado por todas as cidades. A adesão às medidas, no entanto, foi baixa.

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