Blumenau avalia resgatar uma velha medida para estimular o uso do transporte coletivo. Está em discussão no governo municipal a redução da tarifa aos domingos ou até a liberação das catracas. A cidade já conviveu com as duas experiências no passado. O tema chegou a ser incluído na pauta da entrevista coletiva que o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) concedeu na garagem da Blumob, segunda-feira (19), mas acabou derrubado para novos cálculos.
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Aos domingos, o número de usuários de ônibus urbanos em Blumenau dificilmente ultrapassa 5 mil. A receita do dia fica em torno de R$ 20 mil, muito abaixo do necessário para empatar com os custos, de acordo com o secretário de Trânsito e Transportes, Alexandro Fernandes. O dia de folga da maioria dos blumenauenses poderia servir como teste de como a população reagiria ao transporte barato — ou até gratuito.
Há três visões diferentes dentro da administração municipal. Um grupo defende a volta do Domingo Livre, como o governo petista de Décio Lima (1997-2004) chamava a liberação dos ônibus para uso gratuito pela população. Outros secretários acreditam que um preço quase simbólico, como R$ 2, evitaria abusos e garantiria melhor controle do sistema. Na gestão de João Paulo Kleinübing (2005-2012), os usuários pagavam meia no domingo. Por fim, há quem não acredite no sucesso do benefício.
Hildebrandt diz estar observando experiências de outras cidades com o transporte gratuito ou mais barato. E prevê novidades para breve, mas sem determinar prazo:
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— Nós vamos chegar lá, mas quando tivermos os cálculos exatos para que seja algo perene, não uma medida que vá ser revogada logo ali na frente por um outro governo porque não se sustenta.
A tarifa de ônibus em Blumenau custa R$ 5,30 na compra antecipada e R$ 6 para quem paga em dinheiro na catraca, sem o cartão. Blumenau já subsidia o sistema com cerca de R$ 30 milhões anuais.
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