A semana que termina tratou de desfazer qualquer dúvida sobre o potencial violento do bolsonarismo radical inconformado com o resultado das Eleições 2022. Na noite de quarta-feira (15), extremistas espalharam objetos pontiagudos na BR-470 e atearam fogo em pneus sobre uma ponte que tem sérios problemas estruturais, entre Apiúna e Ibirama. Na manhã de quinta, a Polícia Federal apreendeu 15 armas com um suspeito de organizar manifestações golpistas, incluindo uma submetralhadora, um fuzil e um rifle.
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São episódios inequívocos de violência política que reverberam o óbvio: quem clama por subversão do regime mediante o emprego de forças armadas não tem o menor pudor sobre os meios a serem empregados contra civis.
Há quem veja graça nos acampados diante de quartéis ou despreze o risco que representam à democracia. Pois os fatos demonstram que sempre há alguém disposto a passar do discurso radical à ação. Da ameaça à agressão.
Espalhar pregos numa rodovia federal para causar dano a cidadãos desavisados não é militância política. Tampouco bloquear estradas para provocar desabastecimento e caos. Muito menos destruir patrimônio público e atear fogo em ônibus, como aconteceu em Brasília na segunda-feira.
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A reação do Judiciário põe as coisas nos devidos lugares e acende a esperança de que o Brasil, assim como fez a Alemanha na semana passada, comece a levar mais a sério a retórica golpista. Quem faz apologia à violência também comete crime.
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