O agendamento da vacinação contra a Covid-19 em Blumenau teve sobrecarga de acessos nesta quinta-feira (18). Usuários relataram que ficaram mais de uma hora insistindo, mas não conseguiram reservar uma das 2,5 mil doses colocadas à disposição para pessoas com 75 anos ou mais. A agenda foi fechada às 16h05min.
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A coluna testou o sistema diversas vezes entre 14h e 15h50min, depois que a prefeitura anunciou a nova carga de doses para agendamento. Somente em uma oportunidade foi possível acessar a tela inicial do agendamento pela versão web do aplicativo. A mensagem “O serviço não está disponível” também aparecia para usuários que tentavam agendar pelo aplicativo Pronto, da Secretaria de Promoção da Saúde.
Nas últimas semanas, já havia reclamações de que o número de doses contra o coronavírus ofertadas acabava em menos de uma hora. Agora, com uma remessa maior do Ministério da Saúde, o servidor usado pelo município não deu conta da carga de acessos simultâneos. Nas redes sociais, cidadãos reclamaram também que o telefone 156 só dá ocupado. Os perfis do município no Facebook e no Instagram foram inundados de cidadãos irritados.
Os protestos reverberaram na Câmara. Durante pronunciamento nesta tarde, o vereador Alexandre Matias (PSDB) pediu paciência à população:
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— Infelizmente, estamos com um grande volume de pessoas tentando ao mesmo tempo. Solicito à comunidade que continue apertando F5, atualizando o site, que em algum momento vai conseguir.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Blumenau informou que, desde o primeiro agendamento da vacinação, houve reforço na capacidade do servidor que atende ao sistema. Porém, mesmo assim não tem sido suficiente. Para o município, a origem do problema é a baixa quantidade de doses disponíveis da vacina, o que gera uma corrida aos sistemas de agenda.
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Conforme a prefeitura, o volume de ligações para o Alô Saúde chegou a 12 mil nos primeiros 15 dias de março. No mês de janeiro inteiro, haviam sido 460 telefonemas.
Opinião
O município precisa adotar urgentemente um modelo de agendamento que suporte o enorme interesse das pessoas pela vacinação. Se os problemas já ocorrem nas faixas etárias menos numerosas, imagine quando a fila chegar às pessoas de 60 anos de idade.
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