Familiares e amigos do engenheiro blumenauense Douglas Junckes, assassinado a tiros por um vizinho incomodado com som alto, em Curitiba, mobilizam-se para pedir justiça no júri popular marcado para 22 de novembro. Quatro outdoors com uma foto da vítima estão expostos em avenidas da região central da capital paranaense. O crime foi em 2018.

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O acusado, o empresário Antônio Humia Dorrio, 52 anos, aguarda o julgamento em liberdade. Ele era o vizinho de cima no condomínio no bairro Juvevê onde ambos viviam. No dia 20 de maio de 2018, Dorrio teria descido armado ao apartamento de Junckes para reclamar do som do contrabaixo que ele tocava. Dorrio disparou quatro tiros no blumenauense de 36 anos, que morreu no local. A defesa do empresário alega que ele agiu em legítima defesa.

Outdoors pedem Justiça na região central de Curitiba
Outdoors pedem Justiça na região central de Curitiba (Foto: Divulgação)

— O objetivo é sensibilizar a comunidade e relembrar o caso para a população que sempre mostrou indignação e nunca entendeu porque o acusado não foi preso e nem está pagando pelo crime — afirma Hercilio Junkes, pai da vítima.

Douglas Junckes era engenheiro de telecomunicações. Trabalhava em uma multinacional, em Curitiba, e estava prestes a viajar para a Europa de férias, onde excursionaria tocando baixo em uma banda. Ele embarcaria no dia em que foi morto dentro de casa.

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O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu em 2019 encaminhar o caso ao júri popular. Dorrio seria julgado por homicídio duplamente qualificado — motivo fútil e por usar recurso que impediu a defesa da vítima. Em fevereiro de 2020, o mesmo tribunal acolheu um recurso da defesa e retirou as qualificadoras. Os defensores de Dorrio sustentaram que o crime foi precedido de uma discussão, tese acolhida pelos desembargadores. Por isso, o julgamento, na próxima segunda-feira (22), será por homicídio simples.

A sessão do tribunal do júri será fechada, devido à pandemia, mas terá transmissão pela internet.

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