“Blumenau não gosta de Carnaval” é máxima que não tem base histórica. A cidade já exibiu blocos de rua, desfiles e concorridos bailes em clubes por diferentes momentos do século passado. Ainda hoje, apesar de todas as dificuldades, tem uma escola de samba, a Mocidade Unidos do Salto do Norte. Mas para muita gente que se orgulha de trabalhar enquanto o resto do país esbalda-se na folia, o Carnaval é incompatível com a cultura local. Não se discute preferência pessoal, mas a afirmação é imprecisa.
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A quem tiver interesse de levar para a rua um bloco carnavalesco blumenauense, uma sugestão: espalhe aos convidados que se trata de uma iniciativa inspirada no famoso Karneval da cidade de Colônia, Alemanha. Para garantir, melhor copiar um ou outro costume de lá, tomando emprestados os nomes germânicos. Aí pega.
Sobra alegria
Ironia à parte, passou da hora de Blumenau encorpar o seu próprio Carnaval. No domingo (19), a Mocidade mostrou outra vez, na Rua Johann Sachse, que é possível. Sem muito apoio e focada apenas em sua comunidade, a escola de samba manteve a chama acesa. Mesmo debaixo de chuva.
Para além do grupo do Salto do Norte, sobram alegria e criatividade aos grupos de Stammtisch, às turmas que desfilam na Oktoberfest e no Natal, às equipes da Gincana Cidade de Blumenau e aos cervejeiros artesanais, entre tantos outros movimentos já organizados e que poderiam contribuir.
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