Se o leitor frequenta restaurantes do tipo bufê, já deve ter notado. Embora recomendada pelas autoridades de saúde para prevenir a Covid-19, a máscara caiu em desuso em Santa Catarina. As luvas de plástico para evitar o contato com os talheres, por outro lado, seguem firmes e fortes. Elas também são recomendadas pela legislação em vigor, mas servem para quase nada, segundo especialistas. É só uma entre tantas contradições da prevenção ao coronavírus no Brasil, mas talvez seja a mais insólita.
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Há restaurantes que exibem cartazes, e isso desde antes da pandemia, pedindo para que os clientes não conversem diante do bufê. Em outros, os balcões são protegidos com vidros. A preocupação óbvia é evitar que gotas de saliva — e eventuais doenças contagiosas — parem sobre a comida que será degustada por outra pessoa. Contra isso, a Covid-19 trouxe uma solução nova: as máscaras. Que foram deixadas de lado pela maioria.
Pesquisas demonstram que esse coronavírus é transmitido pelo ar muito mais do que pelo toque. Ninguém lava as compras do supermercado hoje em dia porque, afinal, a chance de contrair Covid-19 numa caixinha de leite é mínima. Então por que as luvas de plástico, fabricadas com um material que dificilmente é reciclado, continuam populares nos bufês? Perceba: se alguém na fila usar a luva, os que vêm atrás imediatamente repetem o gesto. Em alguns restaurantes ainda existem placas informando, equivocadamente, ser obrigatório. Na verdade, nem o estabelecimento é obrigado a fornecer.
Para combater o coronavírus no bufê, a máscara é a melhor ferramenta. Luvas de plástico até podem ajudar na higiene. Mas, se for essa a inquietação, lavar as mãos e, na ausência de água, o álcool gel são bem mais eficientes.
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