A cada sete consultas com especialistas agendadas na Policlínica de Blumenau, um paciente não aparece no dia do combinado. Entre janeiro e maio, foram mais de 3 mil ausências para cerca de 20 mil atendimentos previstos. Os furos, a maioria por esquecimento, segundo a Secretaria de Promoção da Saúde, atrasam a fila por assistência médica em especialidades, um dos maiores gargalos do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Conforme o município, os especialistas com maior demanda são justamente aqueles que registram mais ausências: coloproctologista, dermanotologista, pneumonologista, cardiologista, urologista, neurologista pediátrico e otorrinolaringologista. Essa coincidência historicamente deve-se ao tempo excessivo de espera pela consulta — que pode chegar a três anos. Nos últimos meses, as equipes responsáveis optaram por comunicar o agendamento somente a cerca de um mês da data da consulta, na tentativa de reduzir as faltas.
Quando o usuário esquece a data, precisa reagendar no posto de saúde ou no ambulatório do bairro, o que gera transtorno para todos, paciente e servidores. Caso, por uma eventualidade, o paciente perceba que não poderá comparecer, ele deve comunicar à unidade onde solicitou o agendamento. Isso permite que outra pessoa possa ser atendida em seu lugar.
Aviso por telefone
Clínicas privadas há anos adotam o procedimento de lembrar na véspera os usuários sobre consultas e exames agendados, por telefone ou Whatsapp. É uma estratégia para evitar que profissionais permaneçam ociosos enquanto outros pacientes poderiam estar sendo assistidos. É triste que o município precise fazer isso para solucionar tamanho desrespeito com um serviço público e gratuito, mas talvez seja medida mais barata e eficaz do que arcar com tantas faltas.
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