Vou compartilhar as minhas contas mais importantes. São elas: 2023 = 52 semanas. Uma semana = 168 horas. Aproximadamente 100 horas já estão alocadas: 50 horas dormindo, 50 dedicadas ao trabalho. 50, pois as tradicionais 40 acabam sendo dedicadas à atividades rotineiras. E a inovação? E os novos projetos?
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Sobram 68 horas. Esse é o tempo que fica para a família, estudos, lazer, atividade física, arte (e todo o eventual resto que alguns consideram ser a vida propriamente dita).
Perceba que, com tanta coisa, para fazer algo novo, temos que parar de fazer algumas coisas. O problema, me parece, não é “o que fazer” em 2023. O problema é o que parar de fazer em 2023. Ou vai faltar tempo para as prioridades.
Essa é uma forma simples de não depender tanto das circunstâncias e da falta de vontade em 2023. E se existe outra forma de desdobrar objetivos e sonhos, desconheço.
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Identificar o que “não fazer” é uma sabedoria milenar. O leitor mais curioso pode pesquisar um pouco sobre o conceito de “Via negativa”, que pode ser resumido pela Regra de Prata: Não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você. Afinal, você nem sempre sabe o que os outros querem ou gostariam. É bem maior a possibilidade de saber o que eles não querem: sofrimento, dor, humilhação, por exemplo.
Usamos pouco a eliminação para tomar decisões melhores e para alocar melhor o nosso tempo. Mas se eu garantir que não vou dedicar tempo àquilo que eu não quero mais fazer, além de liberar horas para as prioridades, existe outro benefício, já explorado nesta coluna: eu não serei mais moldado por aquilo (ou por aqueles) que eu sei que preciso evitar.
Outro ponto, pessoalmente crítico: eu já faço esse tipo de planejamento há anos. Tenho textos, áudios, vídeos, cursos sobre planejamento pessoal – pois cada ano me impressionava mais o quanto o exercício me ajudava, e eu queria passar adiante. Mas eu preciso dar um passo a mais. Preciso medir melhor. Ter minhas horas fanaticamente planilhadas, todos os dias, com uma análise geral semanal. Por isso que esses intervalos de 168 horas são, esse ano, as minhas contas mais importantes.
Se o leitor quiser links com materiais e modelos sobre planejamento pessoal, pode entrar em contato: lucas.gnigler@nsc.com.br
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Em tempo:
- Todo sábado ou domingo, funciona dedicar entre 10 e 60 minutos para ajustar rotas e projetar a semana. Momento de identificar prioridades às quais você não dedicou horas na semana que passou.
- É difícil garantir 7 ou 8 horas de sono por noite. Eu prefiro medir 70 horas somadas de sono a cada 10 dias.
- Eu chamei esse planejamento de horas semanais de uma forma “simples”, e não uma forma “fácil”. Sem projetar e medir é mais fácil.