Eu já devo ter comentado aqui que faço doutorado na UFSC, e que minha linha de pesquisa é “estratégia”. Mais precisamente, pesquiso o fenômeno moderno da abertura da estratégia, que ocorre, basicamente, quando uma organização dá transparência e envolve mais pessoas no processo de construção da estratégia.

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A estratégia “fechada”, por sua vez, é aquela herdada do modelo militar, em que os generais (a diretoria) decidem o plano e os soldados (os funcionários) executam. Nesse cenário, pesquiso quando é vantajoso abrir a estratégia – pois, em função de diversos fatores, nem sempre é favorável envolver mais pessoas no processo.

Mas hoje, para explicar o meu argumento, vou simplificar o conceito de “estratégia”. Ou melhor: proponho uma simples definição de “estratégia pessoal”, que dá nome inclusive a esta coluna. Convenhamos o seguinte: “estratégia pessoal” é a alocação adequada dos seus recursos (tempo, esforço e dinheiro) para chegar nos seus objetivos. E como os seus recursos são finitos, você precisa identificar o que é prioritário – e que por isso merece mais tempo, atenção, investimento.

Somos muito bons em falar sobre as nossas prioridades, mas não tão bons em praticá-las. Se eu perguntar a você quais são as suas, talvez eu adivinhe a resposta, pois já fiz essa pergunta inúmeras vezes. Você vai me dizer que as 3 coisas mais importantes na sua vida (prioridades) são a sua família, sua saúde e sua fé ou espiritualidade. Talvez entre na resposta a sua arte, o seu trabalho, o seu esporte.

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Para este exercício não importa a resposta, e sim o que eu proponho na sequência: analise sua agenda, seu calendário do último mês, ou da última semana, e verifique quanto tempo você dedicou ao que você tem de mais valioso. Essa é uma forma simples e eficiente de identificar se você está alocando os seus recursos (tempo, esforço, dinheiro) no que é prioridade. Sua estratégia só está sendo executada se você está dedicando a maior parte dos seus recursos às suas prioridades. Mudar a estratégia, nesse sentido, é mudar a alocação, ou ajustar as prioridades.

Por isso a importância de ter um plano, no qual objetivos e prioridades estejam listados. Se surgirem imprevistos e emergências (a vida propriamente dita), você resolve, e depois retoma o seu plano. Se não tiver um plano, uma estratégia, vai ficar à deriva, sem saber ao certo o que priorizar no dia a dia.

O conceito é simples. Mas ele só se materializa se virar prática, rotina, modus operandi. Tenho um material simples que pode ajudar você a fazer isso: um guia de uma página para planejamento pessoal, com uma orientação de meia hora gravada em vídeo. Se achar importante trabalhar nisso, fale comigo e eu envio para você, sem custos.

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