Apesar de ter sido curta e, também, de ter uma motivação política, a viagem da comitiva catarinense ao Panamá, liderada pelo governador Jorginho Mello (PL) e pelo presidente da Assembleia Legislativa (Alesc), deputado Mauro de Nadal (MDB), colocou a relevância da internacionalização econômica na agenda do setor público.

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Os contatos feitos e a apresentação da pauta de Santa Catarina ao embaixador do Brasil no Panamá, Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva, podem abrir portas e mostram que o setor público do Estado pode colaborar com o setor privado na difícil tarefa de vender mais no exterior.

Nesta sexta-feira, em reunião com o embaixador, a comitiva falou sobre oportunidades que podem ser construídas entre SC e o Panamá na área de logística. Isso porque, com o Canal do Panamá, o país tem a única ligação marítima da América Central com a região asiática.

Também falaram sobre o potencial de mais exportações do Estado ao Panamá de produtos como proteína animal, produtos industriais têxteis e de metalmecânica, além de vinhos de altitude. Ainda ao embaixador Carlos Henrique Silva, as lideranças de SC informaram que o Estado tem interesse em atrair investimentos privados para infraestrutura.

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Na área turística, com a participação do CEO da Zurich Airport Brasil, Ricardo Gesse, a comitiva convidou a companhia panamenha Copa Airlines para estudar a viabilidade de um voo direto de passageiros entre Florianópolis e Panamá. Esse seria um diferencial para o terminal porque o Panamá é um hub aeroportuário para as Américas.

Passagens aéreas do Brasil para diversas regiões, inclusive aos Estados Unidos, como Orlando e Miami, podem ser mais baratas muitas vezes, se for com o uso de conexões da Copa Airlines. Também para a companhia, o governador Jorginho Mello e os secretários de Articulação Internacional, Juliano Froehner, e o de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, destacaram os potenciais turísticos de Santa Catarina para trazer turistas de lá.

Uma constatação de Jorginho Mello nessa primeira viagem dele como governador ao exterior foi de que o Estado é pouco conhecido lá fora.

– Nós precisamos divulgar cada vez mais Santa Catarina. Por isso a importância de estarmos aqui representando e mostrando a qualidade do que se faz no estado e que este estado tem um governo e um parlamento e que é parceiro na construção de políticas que possam beneficiar os dois países – comentou o governador.

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Além de Jorginho, Mauro de Nadal e os secretários, também participam da missão, que retorna neste domingo ao Estado, os deputados estaduais Antílio Lunelli (MDB) e Fabiano da Luz (PT). A agenda da comitiva contou com reunião com instituições financeiras internacionais que atuam no Panamá.

Um dos próximos passos identificados por eles para fazer negócios como o país pode ser participação na Feira Internacional do Panamá, que será em março de 2024. A propósito, antes da pandemia, eram diversas as missões brasileiras ao país para fazer negócios, entre as quais da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e da agência de exportações Apex Brasil.

Na visita desta semana, políticos catarinenses sentiram como é o desafio de sair pelo mundo para desbravar mercados para exportar e importar mais. Não é fácil. Não basta apenas ter produtos de qualidade, é preciso ter crédito, logística, prazo, parcerias confiáveis, marca e persistência, entre outras coisas.

Mas uma realidade é clara: as economias mais ricas e estáveis, que conseguiram resultados acima da média mundial, fizeram isso com a internacionalização, com exportações de produtos e serviços. O setor público pode ajudar, sim, fazendo contatos em parceria no exterior e ajudando a derrubar entraves internos, inclusive melhorando a formação de pessoas.

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Viagem do governo e da Alesc ao Panamá inclui comércio exterior nas prioridades

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