A Páscoa deste ano surpreendeu positivamente o comércio em Santa Catarina. Pesquisa feita pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-SC) junto a empresários do varejo das 20 maiores cidades do Estado apurou que as vendas para a data cresceram 4,7% em faturamento frente ao mesmo período do ano anterior, resultado maior que a alta de até 4,5% projetada pelo setor. O mesmo ocorreu com o ticket médio. Os empresários estimaram que a maioria investiria em presentes até R$ 100, mas chegou a R$ 154,28.
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Normalmente, o resultado acima do esperado seria atribuído ao otimismo do consumidor com o ritmo da economia do país. Mas para o presidente da FCDL/SC, Ivan Tauffer, não foi isso que ocorreu.
— Na verdade, acho que foi um pouco diferente. Os novos governos, tanto do Brasil quanto do Estado, não apresentaram fatos novos relevantes. Havia uma expectativa de que tudo ia mudar. O consumidor ficou esperando essa dita mudança, mas ocorreram apenas pequenas alterações no início do governo. Como não aconteceu o esperado, isso se refletiu no consumo. As pessoas viram uma estabilidade na política e na economia e foram às compras na Páscoa – concluiu Tauffer.
Entre os entrevistados pela federação, 70,54% registraram vendas maiores que na Páscoa anterior. E as compras não se restringiram a chocolates. O varejo vendeu bem confecções, calçados, acessórios e produtos de bazar. A pesquisa apurou também um uso maior de carnês para o pagamento de compras.
Sem greve
O diálogo do governo federal com os caminhoneiros autônomos permitiu chegar a um acordo e suspender o plano de greve a partir de segunda-feira. A promessa do governo foi em torno da tabela de frete, observou o presidente da Federação das Empresas de Transportes de SC (Fetrancesc), Ari Rabaiolli.
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— O que o governo prometeu para os autônomos é uma focalização mais efetiva no cumprimento da tabela por parte das empresas de transportes e embarcadores, bem como, da atualização da tabela de acordo com os aumentos do diesel, e não punir os caminhoneiros que denunciarem as empresas que não cumprirem a tabela – resumiu ele.