Com o objetivo de criar o Sistema Nacional de Educação (SNE) para alinhar as ações desenvolvidas pela União, estados e municípios na área, foi aprovado no Senado, nesta quarta-feira, por unanimidade, o projeto PLP 235/2019, relatado pelo senador catarinense Dário Berger (MDB-SC), de autoria do senador Flávio Arns (Pode-PR). A ideia é desenvolver políticas, programas e ações em sintonia, visando universalizar e melhorar a educação no país.

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O SNE está sendo chamado do SUS da educação porque tem o mesmo objetivo de combinar ações para prestar melhores serviços, embora esteja décadas atrasado. Ele foi proposto ainda na Constituição de 1988, junto com o próprio Sistema Nacional de Saúde (SUS) e o Sistema Nacional de Segurança Pública (SUSP), ambos já em vigor. O parlamentar catarinense disse que fez mais de 60 reuniões com entidades para aprimorar o projeto.

– O SNE representa o maior avanço na gestão educacional do país nas últimas décadas. Será uma vitória dos alunos, dos professores e do Brasil. O futuro de uma nação depende do valor que se dá à educação no presente – afirmou Dário Berger.

Ele teve o apoio também dos seus pares do Estado. O senador Esperidião Amin (PP-SC) parabenizou Dário Berger pela relatoria e Flávio Arns pela iniciativa de apresentar o projeto. O senador Jorginho Mello (PL-SC) também destacou os trabalhos do catarinense e do paranaense, afirmando que a educação é a melhor ferramenta para conduzir a vida do país.

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Antes de virar lei, a matéria terá que ser aprovada na Câmara e sancionada. A expectativa é de que haja um alinhamento para melhorar o aprendizado no Brasil, que está extremamente atrasado em relação ao ensino oferecido nos países com quem compete na economia e em outras áreas. O aprendizado em matemática e ciências é chave para pesquisa e desenvolvimento, que elevam a geraçao de riquezas. 

Em 2018, último exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as notas dos estudantes brasileiros ficaram entre as mais baixas. Entre os 78 países participantes, a nota média de matemática do Brasil ficou no 70º lugar, a de ciências em 66º e a de leitura, no 57º lugar. 

Isso mostra que os estudantes brasileiros têm muito a apreender e o sistema de educação tem que saber ensinar. Educação de alto nível para todos é o caminho principal para reduzir a pobreza.

Com informações da Agência Senado