Algumas empresas têm maior capacidade de enfrentar as frequentes crises econômicas, são chamadas de resilientes ou até as que não quebram. No final da palestra que fez nesta sexta-feira, na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o economista da Tendências Consultoria e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, fez uma lista de empresas brasileiras que ele considera resistentes a crises.

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-Selecionei 16 empresas em que eu conheço os donos, os fundadores, acompanho de alguma forma. São empresas que atravessaram várias crises e continuam saudáveis – disse o economista.

A primeira, segundo ele, é a gigante de aviões Embraer. No ano passado ela era a terceira maior fabricante de aviões de passageiros.

– A mercadoria dela voa. A Embraer é um sucesso de gestão e de engenharia aeronáutica. Ela é a maior empresa fabricante de jatos para até 150 passageiros. E este ano, um avião da Embraer, o Phenom se tornou o jatinho que mais pousa e decola nos EUA. Deixou a Cesna para trás – observou Maílson.

Além de Embraer, a lista do economista é composta pelas empresas Vale, WEG, Votorantim, Cosan, JBS, Ambev, Gerdau, CSN, Duas Rodas, Portobello, Aeris, Grendene, Arezzo, Unipar e Pão de Açúcar.

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Ao falar para plateia catarinense, o ex-ministro destacou a WEG como uma grande multinacional que atua em áreas de tecnologia sofisticada. Segundo ele, a Duas Rodas, também de Jaraguá do Sul, terra da WEG, é uma potência em sabores e aromas para alimentos. E sobre a Portobello, ele destacou a moderníssima fábrica de revestimentos cerâmicos inaugurada pela empresa nos EUA.  

Para Maílson da Nóbrega, há alguns anos, virou a maior produtora de proteínas do mundo. Este ano, ela passou a Nestlè como a maior produtora de alimentos do mundo.

Diferenciais do Brasil

O ex-ministro, ainda falando sobre aspectos positivos da economia brasileira que fazem diferença, citou contas externas saudáveis com elevadas reservas internacionais, ausência de vulnerabilidade do setor bancário, agronegócio e setor mineral competitivos e sede de sete das 10 melhores universidades da América Latina.

Sobre as vulnerabilidades da economia brasileira, ele citou a baixa produtividade e a logística insuficiente. Para superar a baixa produtividade, o país precisa melhorar a educação de um modo geral. Segundo ele, educação de qualidade é fundamental para a produtividade. O trabalhador mal preparado é menos eficiente, erra mais e até tem mais risco de morrer porque não é educado para seguir normas de prevenção.

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