O varejo catarinense foi o setor econômico que enfrentou maiores dificuldades em função da alta da inflação no ano passado. No acumulado de janeiro a novembro, alcançou crescimento de 1,9% frente ao mesmo período de 2020, puxado principalmente pelas vendas de veículos, utilidades domésticas e medicamentos. É isso que mostra a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE.

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Em novembro frente ao mês anterior, na série com ajustes sazonais, o setor teve queda de -0,4%, na comparação com o mesmo mês de 2020 recuou -4,4% e no acumulado de 12 meses cresceu 2,3%, apurou também o IBGE.

O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, teve alta de 0,3% em novembro frente ao mês anterior na série com ajuste, na comparação com o mesmo mês de 2020 cresceu 2,4%, no acumulado do ano teve alta de 9,3% e em 12 meses cresceu 8,8%.

O levantamento mostrou variações de performance entre setores. Os que puxaram a alta, no acumulado do ano, foram os veículos e peças, que registraram volume 27,1% maior frente aos mesmos meses de 2020. Em segundo lugar ficou o grupo de outros itens de uso pessoal e doméstico, que uma série de produtos para uso no lar, que cresceu 20,9% e, em terceiro lugar ficaram os produtos farmacêuticos, com alta de 14,7%.

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Na mesma comparação, têxteis e confecções cresceram 8,9%, materiais de construção avançaram 8%, materiais de escritório cresceram 7,2%, combustíveis e lubrificantes cresceram 2,3%. Os setores que tiveram retração de vendas no ano foram eletrodomésticos (-12,1), supermercados (-2,4%) e móveis (-0,2%).

O comércio catarinense vem em escala decrescente desde agosto, quando teve recuo de 10,1% ante o mês anterior. Depois, seguiu com resultados negativos, embora menores, nessa mesma comparação, deixando claro que a inflação de 10% impactou as vendas. Nem a promoção Black Friday ajudou para um resultado positivo de novembro frente a outubro. 

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