Ao assumir a presidência da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SC) nesta terça-feira (05), o empresário Ricardo Barbosa Lima, de Florianópolis, afirmou que a ênfase da gestão será a geração de conteúdo para empresários e empreendedores. Por isso, além de fortalecer os prêmios já realizados pela entidade, será lançado um movimento pela inovação, com prêmio, e mais um prêmio de logística.

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Outro ponto de destaque da nova gestão para o período 2024 e 2025 será o trabalho em parceria com o governo do Estado e entidades, entre as quais a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) e a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).

Ricardo Barbosa Lima, que sucedeu a Claiton Pacheco Galdino, de Criciúma, na presidência da entidade, optou por uma diretoria mais enxuta. Entre os novos desafios está, também, uma atenção à internacionalização de negócios, incluindo missões ao exterior.

Uma mostra de que a ADVB vai priorizar conteúdo nos próximos dois anos foi o evento de posse da diretoria da entidade nesta terça na sede da Fiesc. Contou com o painel “Marketing e Vendas: A confiança é a nova moeda da economia global”.

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Com mediação do novo presidente da ADVB, os palestrantes foram CEOs de empresas catarinenses: Betina Zanetti Ramos, da Nanovetores; Charlote Odebrecht, da Valorem; Eduardo Smith, da Softplan; Leonardo Zipf, da Duas Rodas; e Rui Schneider da Silva, do Sicoob.

Graduado em Administração pela Escola de Administração e Gerência (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina, além de ter pós-graduação nessa instituição e curso de conselheiro pela Fundação Dom Cabral, Ricardo Barbosa Lima atualmente é sócio e diretor da empresa Acrux Investimentos e Participações. Também é sócio e diretor da LYNX Participações. Antes, foi dono de agência de publicidade e presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de SC.

A seguir, leia a entrevista do novo presidente da ADVB Santa Catarina, Ricardo Barbosa Lima, para a coluna:

O que o senhor vai priorizar à frente da ADVB Santa Catarina?

– Em primeiro lugar, é uma honra, uma satisfação estar assumindo a presidência da ADVB de SC, especialmente neste ano em que ela completa 40 anos. Nós estamos com um planejamento bastante intenso. Vamos reforçar os prêmios tradicionais que são o Personalidade de Vendas, o Top de Marketing, o Empresa Cidadã, que é ESG; e o prêmio do saudoso Antunes Severo, que é na categoria Profissionais de Marketing e Vendas.

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Por outro lado, estamos desenvolvendo outros projetos importantes. Um deles é a retomada do Prêmio de Turismo, já alinhado como secretário de Estado de Turismo, Evandro Neiva, e com a Fiesc. Vamos ter a volta desse prêmio em homenagem ao Beto Carrero, que foi paralisado.

Vamos desenvolver também um prêmio voltado para logística internacional, já alinhado com secretários de Estado. E vamos lançar um movimento pela inovação junto com o secretário de Estado dessa área, o Marcelo Fett, com a Acate (Associação Catarinense de Tecnologia) e a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc). Tudo isso com o objetivo de animar esse espírito empreendedor, esse espírito de inovação no Estado.

Nós também vamos dividir conteúdos que estão um pouco represados. Nós vamos editar nesses dois anos dois livros. Um vai apontar os maiores Top de Marketing e outro, os melhores prêmios de ESG, do Empresa Cidadã.

O que a gente quer com esses livros? São livros didáticos, nós vamos levar para a academia. A ideia é provocar nas universidades que têm essas disciplinas de marketing e vendas aliar o ensinamento teórico que estão recebendo com as melhores práticas já comprovadas de mercado. Esses são os grandes desafios. Nós também estamos internacionalizando alguma coisa.

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O que estão fazendo para internacionalização?

– Estamos fazendo uma missão, agora, para um grande evento em Austin, no Texas (EUA). Vamos acompanhar, o SXSW, um dos maiores eventos do mundo de economia criativa. Estamos montando uma comitiva juntamente com a Acate, Cidades Inteligentes e ADVB. E, ao longo do ano, talvez a gente faça outros projetos dessa natureza.

Betina Zanetti Ramos (E), Leonardo Fausto Zipf, Ricardo Barbosa Lima, Charlote Odebrecht, Eduardo Smith e Rui Schneider da Silva durante painel na posse da ADVB (Foto: Mafalda Press)

Como será o projeto de inovação da ADVB?

Nós estamos construindo a quatro mãos toda a questão de regulamento e estratégias que vamos adotar. Se vamos inscrever “cases” ou se vamos eleger um conselho superior contando com autoridades técnicas sobre inovação. Vamos selecionar cases inovadores no Estado e premiar.

Será uma premiação que vai gerar conteúdo. A gente está querendo que todos os prêmios gerem conteúdo. Hoje, a empresa recebe o prêmio e fica meio que por aí. A gente está querendo gerar alguma coisa de conteúdo para distribuir para a imprensa e também entregar para universidades.

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O nosso desafio, nesses dois anos, é gerar conteúdo. Então, assim, normalmente a posse é festiva. Nós fizemos uma posse mais focada em conteúdo, com testemunho de pessoas. Temos aí quase 30 Personalidade de Vendas. São pessoas que têm histórias para contar.

Então, queremos usar muitos esses testemunhos de cases de sucesso para animar empreendedores, animar a juventude. Nós queremos também renovar a faixa etária da ADVB, aproximando mais a entidade da academia.

O que mudou na diretoria da ADVB na sua gestão?

– Ela vinha com uma estrutura mais ou menos parecida, só que com um número muito grande de pessoas. Eu reduzir drasticamente. Nós temos diretores regionais do Sul, Norte, Vale, Litoral, Planalto e Oeste. São pessoas que têm liderança nas regiões, justamente para termos repercussão nos eventos que faremos.  

Além disso, temos cinco vice-presidentes. Um voltado à gestão, outro a mercado e outro em comunicação, contando com pessoas de várias empresas.

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Como o senhor vê o cenário econômico para este ano? Será possível desenvolver todos esses projetos?

Eu sou um otimista, mas me preocupa a questão de endividamento do Brasil. Isso é uma coisa que me incomoda muito. Vamos crescer um pouco menos de qualquer maneira. Todo mundo fala que o agro vai crescer menos, mas, mesmo assim, vai continuar um expoente.

A tecnologia vai bem. O país é muito grande. Cada vez que acham que está piorando, surgem sinais positivos. Eu acredito que em 2024 devemos ter um ano parecido com 2023.  

Logicamente, dependemos também da questão externa. Tem que ver como é que os Estados Unidos vão resolver essa questão de juros, de endividamento. E como ficará a China, que nos impacta diretamente. Mas eu sou otimista.  

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