Muito mais do que a sanção do projeto Universidade Gratuita, o evento na tarde desta terça-feira, que lotou o teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, foi de celebração de um marco para a educação superior catarinense. Plano inédito sonhado pelo governador Jorginho Mello, ainda como candidato, ganhou a adesões, apoio político e virou realidade. Agora, mais estudantes poderão fazer seus cursos preferidos, multiplicando impactos positivos no desenvolvimento econômico e social.
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Entre os presentes, diversos grupos de estudantes de universidades comunitárias, as mais contempladas com o novo programa, trouxeram faixas de agradecimento ao governador. Também estiveram lideranças da área de educação superior, como a presidente da Acafe, entidade que representa as instituições comunitárias, Luciane Bisognin Ceretta, reitores, professores, quase todos os deputados estaduais, secretários de estado e políticos.
Ao falar com a imprensa, Jorginho Mello afirmou que agora é responsabilidade da Acafe e da Ampesc, entidade que representa as universidades privadas, fazer uma educação da melhor qualidade para que o aluno seja beneficiado.
Ele citou contrapartidas previstas, como de os estudantes graduados prestarem serviços à comunidade e parcerias em melhorias, como a colaboração da engenharia da Acafe para melhorar a fiação elétrica de escolas estaduais. Também falou que serão formados 20 mil alunos em cursos técnicos este ano e que ainda esta semana poderá lançar o plano de recuperação de rodovias.
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Universidade Gratuita pode ser ponto de virada para maior desenvolvimento de SC
De acordo com Luciane Ceretta, esse programa vai reduzir a inadimplência nas universidades comunitárias, que está em torno de 20%, e também reduzir a evasão de alunos, atualmente em cerca de 8% a 10% do total. Segundo ela, as instituições terão mais recursos para desenvolver suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, atuando também em parceria com empresas para que cada centavo investido no programa retorne à sociedade.
O vice-presidente da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), Odílio Guarezzi, disse que para a entidade, esse projeto veio de encontro a um dos maiores pleitos do programa Voz Única, que é formação e qualificação profissional. Destacou que SC é um estado desenvolvido, precisa de profissionais mais qualificados e que a entidade entende que é preciso investir também mais na formação de jovens em cursos técnicos.
Agora, chega a fase da implantação do programa. Enquanto o governo terá que prover os investimentos necessários, R$ 216 milhões ainda este ano, cabe às universidades viabilizar a inclusão dos estudantes segundo as regras e iniciar outras ações para aprimorar o ensino, a pesquisa e a extensão.
Para a área econômica, a presidente da Acafe informa que todas as universidades têm setor de inovação. Empresas interessadas em parcerias podem procurar esse setor que terão apoio para a construção de projetos em conjunto. Além disso, como a educação gera efeitos positivos em todas as áreas, o que se espera é que com o Universidade Gratuita é que esse ciclo múltiplo seja fortalecido.
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