O Brasil corre contra o tempo para atingir a meta de universalização do saneamento em 2033 como determina o marco regulatório do setor. No 2º Fórum de Saneamento em Áreas Sensíveis do Grupo Habitasul, realizado no Dia Mundial do Meio Ambiente, o especialista Gabriel Fiuza, CEO da Pezco Economics, de São Paulo, afirmou que é preciso melhorar o ambiente regulatório para atingir os investimentos necessários no prazo previsto.

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Apesar do novo marco legal em vigor há três anos, os investimentos totais no Brasil, em média, por ano, estão abaixo de R$ 20 bilhões. Segundo Gabriel Fiuza, o necessário seria um total de R$ 50 bilhões em investimentos anuais.

– O marco do saneamento foi um passo importante porque melhorou o ambiente regulatório, mas é um passo que precisa continuar se desenvolvendo. Na realidade, existem várias etapas e uma discussão regulatória, hoje, é o encargo da ANA (Agência Nacional de Águas) em nível federal e das agências locais. Várias discussões estão sendo feitas para melhorar a qualidade dos contratos – alertou Gabriel Fiuza.  

 O Paraná, que tem a empresa de saneamento Sanepar, que está na bolsa B3 e é considerada a melhor do Brasil, optou por parcerias público-privadas para avançar na oferta de esgoto sanitário. A informação é do especialista em Pesquisa e Inovação da companhia, Gustavo Possetti, ao destacar que isso é para cidades de pequeno porte. O Paraná atende 100% dos seus 11 milhões de habitantes com água e mais de 80% com esgoto tratado.

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– Esperamos que até 2033, esses poucos municípios que não são atendidos ainda com sistema de coleta de esgoto e tratamento possam ser alcançados, inclusive num intervalo de tempo diminuto, fazendo com que as metas contratuais sejam atendidas e as metas preconizadas no marco regulatório também sejam amplamente atendidas- afirmou Gustavo Possetti.

O Grupo Habitasul, que atua no setor de saneamento com o Serviço de Água e Esgoto (SAE) de Jurerê Internacional e integra o consórcio privado Pomerwasser, que atende o município de Pomerode, no Vale do Itajaí, tem dado atenção especial à expansão da oferta de saneamento em áreas sensíveis.

Esta segunda edição do Fórum foi aberta pelo presidente do grupo, Sérgio Ribas, e contou com palestras de diversos especialistas na tarde de quarta-feira no hotel Il Campanario, em Jurerê in_. Um dos destaques foi o programa de inovação aberta da Sanepar, que atraiu soluções para evitar perda de água na distribuição.

Para o especialista Gabriel Fiuza, o avanço dos investimentos visando a universalização do tratamento de esgoto pode ser mais acelerado quando as companhias são totalmente privadas, caminho que está sendo seguido por São Paulo, que está privatizando a Sabesp.

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Em SC, o governo de Jorginho Mello optou por manter a Casan estatal e fazer parcerias público-privadas para ampliar investimentos. Para Gabriel Fiuza, esse também é um caminho para a universalização, porém é mais lento.

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