Moradores de Florianópolis vão contar, a partir da próxima semana, com a ajuda da inteligência artificial do robô Laura para atendimento médico em caso de Covid-19. O serviço do pronto atendimento digital está sendo disponibilizado gratuitamente pela Unimed Grande Florianópolis para a área de abrangência, numa parceria com 17 prefeituras.

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A primeira a oferecer será a da Capital. A pessoa se cadastra na plataforma, informa os sintomas diariamente e se tiver necessidade de atendimento médico, a Laura vai alertar a equipe médica da prefeitura.

O contrato com a startup Laura, de Curitiba, foi assinado digitalmente pelo presidente da Unimed, Théo Fernando Bub (C), o vice-presidente Waldemar de Souza Junior (E) e o superintendente Jolnei Antonio Hawerroth.

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PA digital gratuito

O serviço consiste num pronto atendimento digital gratuito. Se tiver necessidade de atendimento médico, o paciente cadastrado será avisado pelo celular, contará com o serviço do sistema público ou poderá procurar o do plano de saúde privado. O presidente da Unimed Grande Florianópolis, Théo Bub, explica que o objetivo é melhorar o atendimento nesta fase de maior difusão da doença. A Unimed já usa a Laura, com resultados positivos, no hospital.

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– Tecnologias como essa, de alta performance, dão respostas rápidas, ajudam nas tomadas de decisões e, principalmente, protegem vidas – explica o presidente da cooperativa médica.

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Como se inscrever

A forma de cadastrar os moradores de cada município será definido pelas respectivas prefeituras. Segundo a Unimed, as secretarias de Saúde podem optar pelo site da prefeitura, Facebook ou por um número de Whatsapp. Os quatro maiores municípios já aderiram ao sistema. Começa por Florianópolis, mas logo entrarão São José, Palhoça e Biguaçu. A Unimed trabalha para incluir também Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Garopaba, Governador Celso Ramos, Paulo Lopes, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, Rancho Queimado e Tijucas.

Base científica

A inteligência artificial da Laura foi programada para identificar sintomas do novo coronavírus de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, explica o CEO da startup Cristian Rocha.

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O sistema classifica o paciente em nível de gravidade que pode ser leve, moderado ou grave. O primeiro município a aderir foi Curitiba. Já conta com 9.776 pacientes avaliados e, desses, 1.923 foram encaminhados para teleorientação. Em SC, a prefeitura de  Balneário Piçarras também aderiu ao robô.

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Destaque na prevenção

A startup Laura iniciou atividades em 2016 com inteligência artificial para reduzir casos graves e óbitos em hospitais. Já analisou mais de 8,6 milhões de atendimentos e ajuda a salvar 18 vidas por dia, em média. A empresa conta com equipe de 40 pessoas e se destaca no país e exterior. Na última semana, apresentou artigo científico em evento de Minnesota, EUA, e acaba de ser convidada para ser uma das cinco palestrantes em congresso da Universidade de Harvard e New England Journal of Medicine.

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