Executivas do movimento nacional Unidos pela Vacina, fundado pela empresária Luiza Helena Trajano, criticaram o atraso de Santa Catarina na aplicação de doses de vacinas e cobraram questionários de todos os municípios com informações sobre infraestrutura que dipõem para fazer a vacinação. As empresárias Sônia Hess e Maria Fernanda Teixeira, que integram o movimento, participaram de live na tarde desta sexta-feira com o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Clenilton Pereira, articulada pelo secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz. 

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Pereira prometeu entregar até terça-feira os questionários de mais de 140 municípios com as informações sobre a infraestrutura para vacinas. Assim, o movimento poderá buscar doadores privados para suprir o que está faltando.

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Segundo ele, será feito um mutirão pela Fecam para reunir essas informações até terça-feira. O objetivo do Unidos pela Vacina é saber as demandas de equipamentos de cada município brasileiro para poder vacinar e conservar os imunizantes. Sônia Hess reafirmou que o objetivo do movimento é vacinar todos os brasileiros até setembro e que SC precisa fornecer os dados para que sejam encontrados doadores privados para suprir essas demandas, incluindo a logística das vacinas.

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Executiva que atua na execução de medidas de apoio aos municípios pelo setor privado, Maria Fernanda destacou que SC vacinou apenas 4,3% da sua população enquanto o Brasil vacinou 5,1%. O levantamento parcial com questionários já feito pelo Unidos pela Vacina junto a mais de 150 prefeituras do Estado apurou que somente 77% têm sala adequada para vacinação, 85% têm pias ideais, 82% têm caixas térmicas com termômetro e 65% têm geladeiras com alarme para armazenamento dos imunizantes.

O objetivo, ao apressar os questionários, é ter um levantamento completo para saber as necessidades e fazer os pedidos de doações ao setor privado. O presidente da Fecam, Clenilton Pereira, prometeu entregar até terça-feira os 143 questionários de municípios que ainda não responderam.

– Equanto a vacina não chegar no braço de cada catarinense, a gente não vai sossegar – prometeu o presidente da Fecam.

Vinicius Lummertz aproveitou para lembrar que foi a articulação que ele iniciou junto com a Fecam para municípios iniciarem compras de vacinas do Butantan que fez o governo federal se sentir pressionado. Aí, o Ministério da Saúde decidiu fazer uma vacinação nacional e fez contrato com o laboratório paulista para a compra dos imunizantes.

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Também participaram da live o empresário João Joaquim Martinelli, ex-presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), a advogada Ana Cristina Blasi, o presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), Fred Guidoni e o consultor da Fecam, Jailsom Lima. Ana Cristina Blasi informou que vai se reunir com o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), na próxima semana, para falar sobre eventual apoio da indústria para suprir mais infraestrutura aos municípios catarinenses visando imunização. 

O fundo empresarial de apoio a ações frente à Covid, o Fera, criado pela Fiesc, doou recentemente 30 câmaras de resfriamento para conservar vacinas. Uma das três fábricas brasileiras de càmaras frias especiais para congelar até 80ºC é catarinense, do município de Agronômica.