Apesar da série de notícias sobre cortes de verbas no governo federal, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está liberado para executar todo o orçamento previsto para este ano, com a liberação de R$ 9 bilhões. As informações são do ministro da Ciência e Tecnologia, Paulo Alvim, que veio para Santa Catarina para o evento Startup Summit, em Florianópolis, mas também visita instituições e participa de reuniões.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

– Nós vamos integralizar este ano o orçamento do MCTI. Havia muitos questionamentos sobre cortes. Não vamos ter cortes. Vamos integralizar. Isso significa investimento de R$ 4,5 bilhões de recursos não reembolsáveis e uma disponibilidade para crédito de R$ 4,5 bilhões. Nesse momento, já executamos quase R$ 2,2 bilhões, quase 50% do recurso não reembolsável – disse Paulo Alvim.

Na noite de quinta-feira, ele participou de reunião na capital com líderes de algumas das principais empresas de tecnologia e inovação do Estado, organizada pelo empresário e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de São José e de Palhoça. Marcelo Fett.

Daniel Vianna, divulgação
Marcelo Fett, ex-secretário de Desenvolvimento, recepcionou o ministro Paulo Alvim (Foto: Daniel Vianna, Divulgação )

O ministro disse que os recursos não reembolsáveis deverão ser executados na integralidade com os planos em andamento. Mas o crédito é o grande desafio porque os recursos têm uma forma de remuneração que está acima das expectativas do mercado. O ministério está fazendo uma série de esforços para liberar os recursos mais rapidamente. Uma das medidas foi o lançamento de uma série de editais, principalmente às voltadas à instituições de pesquisa. 

Continua depois da publicidade

Segundo Alvim, o governo está trabalhando internamente para viabilizar o crédito para pesquisa e desenvolvimento. Dos recursos reembolsáveis, o MCTI fez uma parceria com o Sebrae para emprestar R$ 1 bilhão. Quanto aos não reembolsáveis, R$ 100 milhões vão para o Programa de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RAHAE), para alocação de mestres e doutores ao setor empresarial.

Em dois momentos, o ministro falou sobre a importância da educação para o setor de TI. Para os empresários, Alvim disse que não existe outro caminho para transformar esse país que não seja por meio da educação, da ciência e da tecnologia. Questionado sobre a queixa geral no Brasil por parte de empresas do setor sobre falta de profissionais qualificados, o ministro disse no Startup Summit, que o país está formando, atualmente, 100 mil profissionais para o setor.

– É menos política e mais ação. Eu gosto de dar o exemplo do que está acontecendo nas áreas de tecnologia da informação. Primeiro, uma parceria público-privada. Hoje, estamos próximos de estar capacitando 100 mil pessoas. O ensino formal, talvez, esteja formando 50% disso. A maior parte está se fazendo cursos com metodologias ágeis – disse o ministro.

Segundo ele, a economia digital chegou e é preciso não só ter profissionais preparados para atuar nas empresas, mas também usuários que vão comprar serviços digitais.

Continua depois da publicidade