A Pesquisa Turismo de Inverno na Serra Catarinense, divulgada nesta quinta-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC) mostra consolidação da temporada de frio no Estado e crescimento no número de visitantes de maior renda. Mas para fortalecer ainda mais a economia da região, é preciso oferecer mais equipamentos de lazer e melhor logística.

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Entre os dados que chamam atenção na pesquisa, está o crescimento consistente no número de turistas de maior renda. Em 2017, famílias com renda acima de R$ 18 mil eram 7,4% dos visitantes. Agora, em 2023, são 10,5%.

Na faixa de renda familiar de R$ 10 mil a R$ 18 mil, em 2017 eram 21,4%. E neste ano, ficou em 25%. As faixas com maior participação, de renda familiar entre R$ 2,5 mil a R$ 10 mil, em 2017 elas somavam 43,2% do total e, agora, recuou para 39,9%.

Chama a atenção na pesquisa também as motivações de viagens à Serra Catarinense. Do total de entrevistados, 69,6% informaram que a decisão da viagem foi para fazer turismo de inverno e 17,5%, turismo de lazer. O enoturismo respondeu por 1,2%. A principal atração é a beleza da região.

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Esse conjunto de informações da pesquisa mostra que a região tem potencial para atrair ainda mais visitantes e grupos de maior renda, o que pode significar maior consumo médio e maior geração de riqueza na região.

Mas para que o setor ganhe mais força, a Serra precisa definir algumas cidades-polo e buscar equipamentos turísticos maiores. As cidades podem adotar ações diferentes para despertar maio interesse, atrair investimentos como resorts, centros esportivos ou até um hotel-cassino, caso a futura lei do setor, a ser aprovada, permita.

Como 87,5% dos turistas se deslocaram neste inverno com automóvel, a qualidade das rodovias é fundamental. A região também necessita de aeroporto regional para receber aeronaves particulares de visitantes.

Para o secretário de Estado de Turismo, Evandro Neiva, essa pesquisa da Fecomércio é fundamental para trazer o histórico e acompanhar esse setor. Com dados, é possível decidir melhor sobre investimentos.

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– Pela primeira vez, o governo do Estado lançou a Temporada de Inverno. O governador Jorginho Mello reconheceu que o inverno é um ativo turístico, como o verão é em Santa Catarina. O governo vem fazendo a sua parte, investindo agora no programa Estrada Boa. Serão mais de R$ 4,5 bilhões de investimentos na recuperação de rodovias. Isso é muito importante para a Serra porque a maioria dos turistas vem via terrestre – disse Evandro Neiva.

– O turismo da Serra Catarinense está consolidado. A pesquisa mostra isso e ajuda a embasar as decisões de investimentos dos setores público e privado – destacou Fábio Souza, vice-presidente de Turismo da Fecomércio-SC, que também defendeu melhoria da infraestrutura rodoviária.

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A Serra Catarinense tem imagem consolidada como a região mais fria do país, onde mais cai neve. Tem duas cidades que registram queda de neve com frequência, São Joaquim e Urupema. Isso pode ser mais valorizado como ativo exclusivo. Outro diferencial pode ser a ligação das serras de SC e do Rio Grande do Sul, pela rodovia Caminhos da Neve, a BR-438. Isso pode trazer um incremento expressivo de turistas para as duas regiões.

Turismo de inverno avança em SC, mas necessita de mais atrativos e logística

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