A Operação Mercúrio, deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) dia 25 de abril para investigar desvio de bens e outros atos ilícitos na Federação das Empresas de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio SC) e no Serviço Social do Comércio (Sesc), teve as primeiras decisões judiciais. A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJSC) negou nesta terça-feira (08) habeas corpus apresentado pela defesa do presidente afastado da federação para que ele voltasse ao cargo, Bruno Breithaupt.
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Os desembargadores também negaram mandado de segurança apresentado pela defesa da entidade para que o primeiro vice-presidente assumisse a gestão nessa fase de investigação, substituindo a intervenção nacional. Além disso, a pedido do Ministério Público, a Justiça levantou o sigilo da operação. Assim, tanto o presidente, quanto o diretor do Sesc, Adolfo Oldemburgo, seguem afastados por período de 120 dias.
MPSC realiza Operação Mercúrio para investigar entidade empresarial
Logo após o afastamento, no começo da operação, foi nomeado como interventor o presidente da Fecomércio do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Bohn. Ele lidera a diretoria da entidade com a participação dos executivos que já atuavam federação catarinense. Essa intervenção é norma na gestão de entidades do Sistema “S” nacional.
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A investigação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSC. Ele apura suspeita de desvio de bens, fraudes na aquisição de bens, locação, contratação de serviços e pagamento ilegal de diárias. O trabalho dos investigadores, além de Florianópolis, incluiu unidades do Sistema Fecomércio em Palhoça, Joinville, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Urubici.
A Operação Mercúrio foi iniciada pelo Gaeco em conjunto com a 7ª e 26ª promotorias de Justiça da Capital. Atualmente, as 10ª e 28ª Procuradorias de Justiça Criminais atuaram nos processos junto ao Tribunal de Justiça.