Um dos temas importantes quando acontecem catástrofes climáticas é a disponibilidade e contratação de seguros. No Brasil, a cobertura para veículos é ampla, mas para imóveis e empresas é restrita ou de difícil acesso. A Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) informa que existem seguros para alagamentos e inundações de imóveis, mas é uma apólice à parte e menos de 1% dos seguros residenciais no Brasil têm essa cobertura contratada, segundo levantamento feito em 2021.
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Atualmente, no Brasil, são 12,7 milhões de imóveis residenciais segurados, 17% do total. De acordo com a federação, o custo médio anual de seguro residencial está em torno de R$ 500 a R$ 600, cerca de R$ 50 por mês.
De acordo com a vice-presidente da Comissão de Patrimoniais Massificados da Fenseg, Magda Truvilhano, o preço do seguro varia em função do histórico de cada região e também do tipo de imóvel. Isso vale para riscos de alagamentos, vendavais, danos elétricos e furtos.
Para eventos climáticos, existe alternativa de proteção para o imóvel e bens que estão dentro dele. Em caso de tempestades é comum ocorrerem destelhamentos de casas pelo vento ou alagamentos pela chuva, situações estas que podem estar previstas no seguro contratado.
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Outra cobertura bastante acionada é a que protege os imóveis e seus bens caso ocorram vendavais, furacões, tornados e queda de granizo, eventos cada vez mais frequentes no Brasil.
Ainda segundo a vice-presidente da Fenseg, em caso de tempestades, o seguro residencial oferece várias coberturas, dentre elas, existe uma opção para danos elétricos, que ampara em caso de queima de eletroeletrônicos e eletrodomésticos em função de variações anormais de tensão, queda de raios e outros eventos.
Segundo um corretor do mercado de Santa Catarina, a maioria das seguradoras não quer fazer cobertura de alagamentos de imóveis porque ocorrem muito e as perdas para essas companhias ficam elevadas. Mas está havendo uma maior procura.
Seguros para veículos
Para seguros de automóveis, a cobertura de perda total é comum. Os seguros cobrem colisão parcial e total, incêndio, roubo, furto, danos causados pela natureza e suas consequências. Algumas seguradoras oferecem cobertura total ou parcial em caso de alagamentos por água doce, incluindo subsolos, queda de granizo e queda de árvores, informa a federação.
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Mas as seguradoras alertam que não pagam se o condutor do veículo agravou risco, como se forçar a passagem do veículo numa região alagada e que não possibilitava transitar.
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